“As 300 casas populares estão abandonadas, com obras totalmente paralisadas no município de Cacoal. O prefeito e a secretária fizeram o maior show querendo impedir que as famílias sorteadas fossem beneficiadas, se enrolaram, e até agora, as obras não foram concluídas”.
Assim, o vereador Valdomiro Corá (Corazinho) voltou a cobrar em Tribuna na sessão ordinária desta quinta-feira (03), a conclusão das obras das Casas Populares do Residencial “Cidade Verde” de Cacoal.
Imagens e fotos registradas pela assessoria do parlamentar esta semana no local, comprovam a situação. As obras são orçadas no valor total de R$ 21 milhões.
Durante o discurso em tribuna, o vereador aproveitou também para reforçar sua cobrança aos representantes da Bancada Federal do Estado (deputados e senadores) no sentido de que intervenham na conclusão das obras, e endurecendo a fala, disse que os parlamentares federais precisam deixar de marcar presença em Cacoal apenas quando querem pedir o voto durante a Campanha.
“Agora todo mundo quer voltar, mas como, se não falam um ‘A’ sobre o município. Estão ai, 300 casas com obras paradas, e não vejo quando irão terminar para serem entregues as famílias contempladas”, lamentou.
“Só sei que o ex-prefeito de Cacoal padre Franco conseguiu entregar mais de mil casas e ainda loteamentos para a população sem briga nenhuma. O povo merece uma resposta!”, completou o vereador se reportando as Casas Populares.
POLÊMICA
A polêmica em torno das 300 Casas Populares do Residencial “Cidade Verde” iniciou em abril passado depois do prefeito de Cacoal, Adailton Furia, e a secretária de Ação Social do município, Michelle Pavani, denunciarem, em live, que foi ao ar ao vivo pelo Facebook, supostas irregularidades no sorteio realizado também de forma online e ao vivo em dezembro de 2020 e que contou com a presença da ex-prefeita substituta Maria Simões, do deputado estadual Cirone Deiró, dos vereadores: Corazinho, Paulinho do Cinema, e João Pichek atual presidente da Câmara, membros do Ministério Público, Conselhos, e outras autoridades.
Após isso, no mesmo mês, uma Comissão foi criada pela Câmara Municipal para tratar sobre o assunto. Membros das famílias contempladas foram ouvidos no Plenarinho do Legislativo, e a secretária da Ação Social no Plenário da Câmara. Uma perícia do computador utilizado no Sorteio foi solicitada à Polícia Federal (PF) pelo município, porém, até o momento, o laudo ainda não foi divulgado. Ainda em abril de 2021, os vereadores oficializaram um pedido de reconsideração do Sorteio ao prefeito, que acatou a solicitação.
De lá para cá, o secretário de planejamento do município também foi convocado para esclarecer os fatos em torno do assunto. Vereadores e o próprio prefeito estiveram em Brasília e na capital do estado para tratar o tema com os responsáveis. Apesar das inúmeras cobranças do vereador Corazinho e demais colegas parlamentares em Tribuna e in loco, até agora, de concreto mesmo, apenas as imagens das Casas inacabadas e abandonadas em meio ao matagal, e as famílias sem saber quando irão realizar o sonho de ter um teto para morar.