Um grupo de professores visitou a redação do Extra de Rondônia na manhã desta quarta-feira, 9, para exigir, mais uma vez, a aplicabilidade, em Vilhena, do reajuste de 33,24%, concedido pelo Governo Federal através da Portaria nº 67 de 4 de fevereiro de 2022, que define e confirma o piso salarial nacional do magistério para o valor de R$ 3.845,63.
As professoras Cleide Penélope, Janete Maria Warta e Edir Ribeiro dos Santos, representando a categoria, explicaram as dificuldades da lei ser aplicada em Vilhena, questionando os motivos do prefeito Eduardo Japonês não querer atender os profissionais.
Janete, que é diretora regional do Sindicato dos Professores no Estado de Rondônia (Sinprof-RO), afirmou que entrou na questão ao perceber as dificuldades dos profissionais, mesmo após tentativas de manter diálogo com o prefeito, inclusive, com o protocolo de ofício no gabinete.
O grupo exige a aplicabilidade do piso nacional e o pagamento retroativo desde janeiro em Vilhena. “Não entendemos porquê o prefeito não quer atender professor. Protocolamos um ofício há quase um mês e ainda não recebemos nenhuma resposta por parte da prefeitura. O que exigimos é apenas a aplicabilidade da lei em Vilhena e um diálogo claro e sincero com o prefeito”, disse.
De acordo com ela, outros municípios rondonienses como Jaru, Ouro Preto e Texeirópolis, já se adequaram à lei, e há previsão é que o Estado inicie a aplicabilidade do novo piso a partir de abril, inclusive, pagando retroativo desde janeiro. Caso não exista diálogo, a questão pode ir parar na justiça. “Aplicando a lei, o prefeito não estará tirado recursos de nenhuma outra categoria, por ela ser específica”, frisa Cleide.
O grupo informou, ainda, que manteve reunião com os vereadores, que garantiram apoio e aguardam que o projeto de lei chegue ao Legislativo para que seja analisado e votado pelos parlamentares. “Somos mais de 700 professores no município e continuamos aguardando uma manifestação positiva do prefeito”, observa Edir.
PROTESTO
Em 14 de fevereiro passado, inúmeros profissionais do magistério – vestidos de preto – protestaram em frente ao gabinete do prefeito, reivindicando a aplicabilidade do reajuste (leia mais AQUI e AQUI).