O Ministério Público (MP) instaurou Inquérito Civil Difusos e Coletivos para apurar o suposto descumprimento continuado de carga horária e uso indevido de veículo público, pertencente ao Município de Vilhena, para fins particulares.
A investigação envolve a secretária municipal de Saúde (Semus), Weslaine Amorim, antes dela assumir a titularidade da pasta.
O Extrato de Portaria, da Curadoria da Probidade Administrativa, foi publicado no Diário Oficial do MP nesta quinta-feira, 17, e tem como responsável o promotor de justiça Fernando Franco Assunção. Conforme a portaria, o procedimento foi instaurado em 28 de junho de 2021, através de denúncia anônima.
Entrevistada pelo Extra de Rondônia, Weslaine, que assumiu a titularidade da Semus em 01 janeiro de 2022, explicou que a denúncia não tem relação com o cargo de secretária e sim de técnica de enfermagem, na época em que era cedida ao município de Vilhena através de contrato com o município de Colorado do Oeste.
“Fiquei por um curto período, mas logo fui chamada na prefeitura após o concurso público. Assim, pedi afastamento de Colorado, sem remuneração. Através da denúncia, o MP, considerando que é o papel dele, pediu as minhas folha-ponto desse período. Não tem nada relacionado ao cargo de secretária. Se deu agora devido à investigação. Ocorre que chegou o momento de manifestação das secretarias municipais de Saúde e Administração quanto a isso”, explicou.
Weslaine esclarece que são denúncias aleatórias, mas que o MP faz o papel dele. “Já houve denúncias de que eu não passei no concurso, que não sou técnica em enfermagem ou que não tenho inscrição no Conselho Regional de Enfermagem (Coren). Tudo isso já foi esclarecido através de provas ao MP e órgãos competentes”, frisa.
Sobre o uso de veículo público, Weslaine acredita que a denúncia aconteceu quando era coordenadora do postinho de Saúde do setor 12. “O carro era usado para ‘N’ situações durante a pandemia, momentos em que tínhamos escalas a cumprir. Mas não tenho conhecimento específico sobre essa questão do carro. Não recebi intimação e nem tive acesso aos autos do processo administrativo em questão, para ter conhecimento de provas e ‘supostas’ acusações contra mim. Tenho que aguardar a manifestação do parquet, para depois me pronunciar nesse caso”, complementou.