O curso intensivo de treinamento chegou ao fim. Todos os alunos foram convidados a fazer uma avaliação do mesmo. Os funcionários tiveram a oportunidade de avaliar o conteúdo do material, o desempenho do instrutor, mensurar os resultados alcançados, fazer críticas e sugestões.
A tabulação dos resultados evidenciou que eles tiveram a oportunidade de desenvolver o diálogo com colegas e superiores, conheceram alguns dos problemas operacionais, aprenderam a encontrar solução para as dificuldades existentes. Também disseram que foi uma experiência especial poder externar sua opinião, em diferentes circunstâncias, de forma espontânea e sem censura. Eles e suas opiniões foram respeitados.
Qual tem sido sua experiência nesse sentido? Alguma vez você já experimentou repassar aos seus colaboradores a oportunidade de discutir os problemas empresariais? Ou você teme que eles venham a fazer mau uso desta informação?
A empresa acima começou este ano investindo em seus recursos humanos, porque acreditava que eles poderiam ser transformados, poderiam melhorar, que seu desempenho poderia ser aprimorado. Por fim, ela poderia se beneficiar desse investimento!
Creio que a maioria das empresas brasileiras, neste ano de 2022, priorizou a redução de custos e adicionalmente a diminuição das despesas. Em outras palavras, elas aplicaram uma política austera. Não há nada de errado com isso; por outro lado, essa decisão em si não resolverá todos os seus desafios. É preciso fazer mais; é preciso reagir com criatividade; é preciso correr riscos.
Minha filha trabalha numa multinacional e neste mês, para obter a aprovação de um investimento fabril de US$ 847.000, o presidente convocou três vice-presidentes para discutir o projeto.
Diferentes empresas dispõem de diferentes potenciais humanos, têm diferentes visões, optam por diferentes estratégias. Contudo, há em todas elas, um cuidado extra para com todos os tipos de desembolsos financeiros.
Admiro a diretoria da organização que resolveu iniciar o ano investindo nas pessoas e no desenvolvendo de seu potencial. Ela estava convicta de que esse era um investimento prioritário, o qual traria resultados impactantes a curto prazo. Como trouxe. Chamo isso de pragmatismo criterioso, responsável e orientado para resultados.
É comum ouvir citações de que as pessoas são o recurso mais importante das organizações; são o ativo mais valioso das empresas! Apesar disso, elas investem tão pouco e de forma tão esporádica nas pessoas. Isso é frustrante (além de sobrecarregar o trabalho da gerência).
Concluindo, permito-me desafiar nossos empresários e administradores a investir mais nos seus recursos humanos. Não menospreze sua participação, não despreze suas potencialidades, não subestime sua competência e criatividade. Experimente envolvê-los mais na gestão empresarial e ficará surpreso com os resultados. Pense nisso enquanto lhes digo até a semana que vem.