Após o Facebook excluir contas e perfis por fake news no Brasil, incluindo páginas de duas pessoas que atuam no Exército Brasileiro, a Força afirmou que não fomenta a desinformação por meio das mídias sociais e informou ter solicitado à Meta – holding que administra o Facebook, o Instagram e o WhatsApp – o acesso aos dados relacionados à atuação dos militares.
Segundo o relatório, a empresa acredita que os dois militares envolvidos na disseminação de notícias falsas exercem funções na cavalaria. “O Exército Brasileiro não fomenta a desinformação por meio das mídias sociais. A instituição possui contas oficiais nessas mídias e obedece as políticas de uso das empresas responsáveis por essas plataformas”, afirma o Exército.
A instituição informou que já entrou em contato com a Meta para “viabilizar, dentro dos parâmetros legais vigentes, acesso aos dados que fundamentaram o relatório, no que diz respeito à suposta participação de militares nas atividades descritas.”
Segundo a nota, o Exército exige de seus profissionais o cumprimento de deveres militares, “como culto à verdade, à probidade e à honestidade.”
O Facebook informou, nessa quinta-feira (7), que removeu uma série de contas que violam a política da empresa, incluindo perfis no Facebook e no Instagram de duas pessoas que atuam no Exército brasileiro.
A remoção das contas ocorreu por disseminação de informações falsas, principalmente voltadas ao meio ambiente. Os perfis e páginas eram pessoais, não havendo participação do Exército na reprodução do conteúdo.
A informação consta no relatório de ameaças do primeiro trimestre de 2022 da empresa. Com base nos dados levantados pelo documento, foram removidos no país 39 perfis do Instagram e 14 contas e nove páginas do Facebook. Foram listados ainda casos na Costa Rica, Rússia, Ucrânia, Filipinas, Irã e Azerbaijão.