A reportagem do Extra de Rondônia teve acesso a notificações e ofícios encaminhados pelo Conselho de profissionais de Nutricionismo expediu a respeito da situação no Hospital Regional de Vilhena, que está, pela ótica do organismo, muito aquém da necessidade da unidade.
São duas notificações sobre o mesmo assunto, uma encaminhada em 2.019, quando Faiçal Akkari era o diretor-geral do HR, e a outra do ano passado, na gestão da atual secretária de Saúde do Município, Weslayne Amorim.
Segundo esta última notificação, dada a carga de serviços à cargo dos nutricionistas do HR com relação ao porte do hospital, o ideal seria haver 20 profissionais da área atuando no hospital, ao invés de dois apenas, como tem sido pelo menos desde 2.018.
Procurada pela reportagem do Extra de Rondônia, Weslayne admitiu o problema, e diz que a carência de profissionais no Regional não se resume apenas a questão dos nutricionistas. Segundo ela, há também déficit no setor de enfermagem, inclusive neste caso com ordem judicial para que a distorção seja corrigida, ação esta impetrada em 2.014.
A secretária afirma que, no caso dos nutricionistas, o Município não tem em seus quadros funcionais vagas para tantos profissionais, além de alegar que a recomendação do Conselho é válida na defesa dos profissionais, porém bem difícil se se adotar na prática, “e não só em Vilhena, mas em qualquer outro Município”.
Mesmo assim, ela alega que estão sendo realizados esforços a fim de avançar na questão e que dentro dos próximos dias está sendo convocada profissional aprovada em concurso, já que uma das nutricionistas que estava trabalhando no HR era cedida pelo Estado e teve que ser devolvida ao órgão de origem por determinação do Tribunal de Contas.
Já no caso da enfermagem, Weslayne afirma que o contingente necessário para a demanda do HR seria de 280 profissionais. Ela não revelou quantos estão trabalhando atualmente, mas garantiu que o Município conseguiu cumprir recentemente a ordem judicial e que a situação está caminhando para o equilíbrio.