Foto: divulgação

Com a diminuição gradativa dos casos de covid-19 no Estado de Rondônia, acompanhada pela queda dos números em todo o Brasil, as testagens de casos suspeitos da doença têm diminuído sensivelmente.

A Agência Estadual de Vigilância em Saúde de Rondônia – Agevisa ressalta que seu papel é de garantir a qualidade de vida da população com ações, principalmente na prevenção e eliminação de riscos, por meios da vigilância em saúde.

Portanto, seu papel de se antecipar a riscos à saúde pública traz à tona, segundo a coordenadora Estadual covid-19 da Agevisa, Flávia Serrano Batista, a importância de que a população continue seguindo as orientações da agência para prevenção de contaminações.

No extenso território, que acomoda 52 municípios e uma população de diversas descendências, Rondônia desafia, durante a pandemia, a Agevisa a difundir informações rapidamente, garantir o acesso e transportar amostras para análises com padrão de excelência em saúde pública. Neste contexto, o órgão organizou metodologias próprias para percorrer semanalmente as rodovias levando insumos, orientações às regionais de saúde e trazendo a Porto Velho, os materiais biológicos coletados para disponibilizar os resultados dos testes em até 72 horas, por meio do Laboratório Central de Rondônia – Lacen.

O diretor-geral da Agevisa, Gilvander Gregório de Lima, explica que a pasta segue todas as normativas do Ministério da Saúde (MS), tendo sido Rondônia, um dos primeiros estados do Brasil, a aplicar a dose de reforço da vacina contra covid-19 em pacientes com problemas graves de saúde, os chamados imunossuprimidos. “Para abrir a vacinação aos demais grupos populacionais, aguardamos orientação do Ministério da Saúde”, especifica o diretor.

A recomendação do MS é que a dose adicional seja administrada seis meses após a 3ª dose, mas Rondônia adotou o intervalo de quatro meses. Por isso, é possível constatar no portal LocalizaSUS informações sobre pessoas de todas as idades vacinadas com esta dose.

Flávia Serrano ressalta que o exame, desde o início da pandemia, chamado RT-PCR é o mais utilizado pela população por ser o percussor, e considerado padrão ouro. É um teste extremamente específico e sensível para a covid-19, sendo fundamental para as ações de vigilância em saúde. “Diferente de outras infecções respiratórias, o coronavírus tem uma taxa de transmissibilidade muito maior, portanto antecipar é essencial para o controle epidemiológico”, disse.

A coordenadora explicou que as informações de sequenciamento do vírus (variantes de preocupação), que a Vigilância em Saúde recebe desde a implantação das parcerias, analisadas principalmente pela Fundação Osvaldo Cruz em Rondônia – Fiocruz, foram fundamentais para as tomadas de decisões mais assertivas. “Saber qual é a origem do vírus para que, junto com os estudos preliminares, pudéssemos agir com maior direcionamento aos pacientes, seus familiares, conseguindo assim, conter a disseminação e saber qual o potencial do vírus circulante”, pontuou Flávia Serrano ressaltando que atualmente o Lacen já consegue fazer o sequenciamento do vírus.

Dentro da logística de Rondônia, com a peculiar distância entre os municípios, desde o começo da pandemia, a Agevisa instituiu o deslocamento de um veículo, em dias pares para às Regionais de Saúde. Para assegurar a participação do Estado inteiro, foi organizada estrutura junto às Regionais de Saúde para entrega de insumos e coleta das amostras. No padrão ouro (RT-PCR) realizado pelo Lacen foram realizadas 362 viagens para recolhimento de 42.890 amostras em 2020; 81.628 amostras em 2021 e 8.654 amostras até 16 de março de 2022.

VERIFICAÇÃO DE CASOS SUSPEITOS

Exame RT-PCR, é o mais utilizado por ser um teste extremamente específico e sensível para a covid-19

Em setembro de 2021, o Ministério da Saúde lançou o Plano Nacional de Testagem, com o objetivo de ampliar a verificação de casos suspeitos. Iniciou-se o uso do teste rápido de antígeno, que por um lado possibilitava em até 20 minutos que, em caso positivo, o indivíduo fosse isolado. Por outro lado diminuiu-se sensivelmente a testagem por RT-PCR, fato que reduziu a base de informação aos tipos de vírus predominantes em Rondônia. “A comodidade de saber imediatamente se estava positivado fez com que praticamente só a testagem rápida fosse utilizada e precisamos saber qual variante e seus subtipos do vírus estamos lidando em nosso Estado”, considerou Flavia.

A coordenadora acrescentou que a variável P1 (Gamma) iniciou no Amazonas, que tem grande proximidade com Rondônia. Para ela, foi um período difícil e resultou em um exemplo importante sobre formação de nova variante.

A Agevisa passou desde então a normatizar que, a partir do momento em que alguém testado com resultado positivo, este paciente informa pessoas que tiveram interação sem uso de máscara. Os indicados então realizam o teste RT-PCR em até seis dias a contar da data do contato. Isto, segundo Flávia Serrano, mantém uma base de informação e, sobretudo aumentam as chances de encontrar os tipos de vírus predominantes e as ações a serem tomadas, como aumento de leitos, aumento de cobertura vacinal, campanhas educativas, entre outras.

PREVENÇÃO E CONTROLE

Diante da natural flexibilidade do uso de máscara, a Agevisa tem se posicionado em manter as linhas de prevenção à covid-19, nas quais a principal é a vacinação. Além de manter e receber as doses preconizadas, segundo o órgão, o uso de máscara, álcool gel, e evitar aglomerações são as maiores armas diante da gravidade da doença.

Dentro da prevenção das doenças virais respiratórias, Rondônia promove a campanha de vacinação contra a influenza desde o dia 4 de abril. Inicialmente o público-alvo são idosos acima de 60 anos e trabalhadores da área da Saúde. A precaução é principalmente com a contaminação simultânea da covid-19 e influenza que pode gerar novas cepas virais.

Desde 25 de março, a Agevisa tem diminuído as viagens de testagem alinhada com a redução do contágio principalmente pelo aumento da vacinação. Para tanto, mantém o ritmo de saídas às terças-feiras de Porto Velho, com distribuição de insumos de coleta na ida e recolhimento de amostras na volta, passando pelas Regionais de Saúde de Vilhena, Cacoal, Rolim de Moura, Ji-Paraná e Ariquemes, com entrega das amostras no lacen nas quintas-feiras.

sicoob

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