Vários vereadores usaram a tribuna da Casa na sessão de hoje / Foto: Wilmer Garcia

A delicada situação da Saúde Pública foi, mais uma vez, assunto de debate na sessão ordinária desta terça-feira, 19, na Câmara de Vilhena.

Vereadores contestaram uma nota de repúdio divulgada por “médicos” na semana passada contra alguns parlamentares e também comentaram o episódio que ocorreu na UPA na noite desta segunda-feira, 18, quando efetivos da Polícia Militar foram acionados por problemas na unidade envolvendo pacientes e uma médica, que teria abandonado o consultório (leia mais AQUI e AQUI).

O vereador Pedrinho Alves (Avante) iniciou o debate comentando o caso da UPA. Ele disse que há muito tempo os parlamentares estão avisando à prefeitura a respeito da falta de estrutura física e de pessoal na unidade de saúde. Para ele, o Executivo tem que dialogar com os vereadores e a população. Ele solicitou que a estrutura da UPA seja instalada no Hospital Regional.

“Ontem foi bater polícia lá e estávamos avisando faz dias. Deus nos deu duas orelhas, dois ouvidos e uma boca. Nós temos que ouvir mais do que falar. Mas tem gente que não ouve. O que a prefeitura está esperando para tirar de lá esse negócio se não está dando certo? É vergonhoso para Vilhena o que está acontecendo na saúde pública nesse momento”, lamentou.

Devido a essa situação, Pedrinho também mandou uma mensagem ao prefeito Eduardo Japonês (PSC). “Senhor prefeito, falo como cidadão e eleitor: sai de dentro desse gabinete. Vamos andar nas ruas, vamos na UPA para ver o que está acontecendo. Não existe maneira de administrar sem  diálogo com o Poder Legislativo, sem diálogo com empresários, com os servidores”.

O vereador Samir Ali (Podemos), ao ocupar a tribuna da Casa, contestou a nota de repúdio que teria sido escrita pela “Medicando”, empresa responsável pela administração da UPA. O parlamentar disse que a Câmara nunca deixou de questionar a prefeitura e provou isso através da sabatina feita à secretária municipal de saúde (Semus), Weslaine Amorim, ocorrida na sessão passada (leia mais AQUI).

“Hoje vim falar aqui sobre a ‘Medicando’, que publicou uma nota de repúdio com tanta capacidade como a prestação de serviços deles: bizarra mesmo. A ‘Medicando’, aqui para a Câmara de Vereadores, é mais um problema que a Saúde tem. A incapacidade da ‘Medicando’ em prestar serviços. Aí, publicam uma nota de repúdio e se escondem atrás da palavra servidores. É lamentável que as pessoas tenham que acionar a polícia para ter o mínimo de dignidade, com até seis horas de espera para o atendimento. É inaceitável e não podemos permitir isso. Falta competência nessa empresa e sobra arrogância”, desabafou.

O parlamentar também disse que sua função é cobrar da prefeitura e falou em colapso na Saúde. “Não tenho nada para falar com a ‘Medicando’. Minha responsabilidade é cobrar a prefeitura. Eu não concordo com a secretária que está aí. Já deixei evidente inúmeras vezes, pela incapacidade para gerir a pasta, ela tem o repúdio total de todos os funcionários da prefeitura. Então, é evidente que vai ter colapso na Saúde”, analisou.

Para o vereador Wilson Tabalipa (PV), s reclamações na UPA são realidade e sugeriu o diálogo visando encontrar soluções necessárias ao setor. “É uma crise que está ocorrendo no município e o objetivo dessa empresa é servir, através de um bom atendimento”, disse.

 

 

 

 

 

 

 

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