O polêmico caso do rateio das sobras do Fundeb, assunto que marcou o final de 2021 no município, voltou à tona na última sessão da Câmara de Vilhena.
O tema foi abordado pelo presidente da Casa de Leis, Ronildo Macedo (Podemos), que garantiu que irá convidar o prefeito Eduardo Japonês (PSC) para que esclareça a questão. O caso se refere ao projeto de lei nº 6.291/2021, que previu o pagamento de abono aos profissionais de magistério, no valor de R$ 1.8 milhão.
Após “idas e vindas”, o rateio aconteceu depois que os vereadores pressionaram o prefeito, ao rejeitar, em plenário, projeto de lei de R$ 2 milhões, destinado à compra de equipamentos em virtude da negativa de Japonês em conceder o abono (leia mais AQUI, AQUI e AQUI). Os vereadores comemoraram o recuo do mandatário considerando que a ação foi uma “vitória da fiscalização” (leia mais AQUI).
Contudo, após quatro meses do caso, para Macedo, a situação ainda merece esclarecimentos por parte do mandatário vilhenense. Durante a sabatina ao secretário municipal de Obras, Marcelo “Boca”, Macedo disse que a Câmara é parceria e não adversária do Executivo.
“O prefeito mentiu na questão do Fundeb. Ele disse que eu estava errado. Inclusive, vou convidar ele à sessão para esclarecer essa situação. Inicialmente, ele disse que não tinha como repassar o ‘chequinho’ aos servidores. Mas, depois de três ou quatro dias, foi lá e diz que tinha, porque nós reprovamos um projeto ‘furado’ dele aqui”, analisou.
Por outro lado, Macedo disse que Japonês faz politicagem em entrega de benefícios, citando o caso da entrega de notebooks aos professores e profissionais da Educação do Município ocorrido em março passado. “Nenhum vereador foi convidado. Acho que ele está fazendo até politicagem; aí só aparece quem ele quer lá”, lamenta.