Radialista Júlio César Silva / Foto: Divulgação

Sem papas na língua, o polêmico radialista Júlio César Silva enviou à redação do Extra de Rondônia um vídeo em que critica o atendimento na Unidade de Pronto Atendimento (UPA), que nos últimos meses se tornou motivo de reclamações entre a população e de discussões por parlamentares na tribuna da Câmara de Vilhena.

No vídeo, o comunicador chama a atenção ao problema de saúde de uma dona-de-casa, considera a unidade de saúde de “faz de conta” e revela que falta medicamento para reverter parada cardíaca, afirmando que já morreram seis pessoas devido à falta do remédio.

“Em Vilhena tem UPA que não é UPA. Veja esse absurdo que é essa UPA que não é UPA. Essa senhora entrou na unidade com a perna quebrada, ficou 4 horas na UPA sem receber sangue, sem receber soro, com dor no peito. Falaram que isso é normal e mandaram para o Hospital Regional. Tinha o pulmão furado. Morreram seis de infarto porque não tem o remédio para reverter a parada cardíaca”, reclama.

Para Julinho, a solução é acabar com a terceirização da unidade e critica o prefeito Eduardo Japonês (PSC). “A solução é acabar essa terceirização. Isso foi feito para ganhar dinheiro. Nunca vi um hospital para ficar um ano em reforma. É covardia desse prefeito com isso aqui. UPA que não é UPA, um faz de conta e o povo morrendo”, encerrou.

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SECRETÁRIO DÁ VERSÃO DO CASO

A reportagem do Extra de Rondônia ouviu a versão do secretário municipal de Saúde, José Aparecido, que se manifestou através do texto abaixo:

“É falsa a afirmação do comentarista de rádio que a paciente tenha ficado quatro horas na UPA aguardando atendimento. Sua entrada, conforme os documentos demonstram, se deu às 11h30, após acidente de trânsito. A mulher chegou diretamente no Pronto Socorro, trazida pelo Corpo de Bombeiros, portanto, recebendo atendimento imediato. Apesar da gravidade do trauma, estava orientada, consciente com escala de Glasgow em 15/15.

Foi solicitado raio-x imediatamente e administrada medicação, com consequente internação ortopédica. às 14h30, portanto, três horas após sua entrada na UPA, foi transferida para o Hospital Regional de Vilhena. A unidade prestou atendimento normalmente, onde foi realizado exame de imagem, mas, de acordo com a direção do HRV, a família optou por levar a paciente para Cacoal, contra a recomendação médica, evadindo-se do hospital antes que os médicos pudessem completar a investigação necessária que o caso exigia.

Sobre os óbitos também é falsa a quantidade de seis óbitos de infarto. Foram três ocorrências de infarto de pacientes que chegaram com vida na UPA: um chegou já com parada cardíaca, outro foi amplamente noticiado pela imprensa e o terceiro era já idoso com complicações adicionais. Uma quarta ocorrência foi apenas de recebimento de paciente sem vida, que veio a óbito antes de chegar à UPA devido a infarto.

Não há falta de medicação para reanimação e nem falta de remédios que coloquem em risco a vida dos pacientes na UPA 24h.

Também é falso que o Hospital Regional esteja fechado. A entrada apenas mudou de lado, sendo feita agora pelos fundos, ao lado do Instituto do Rim. O HRV continua fazendo internações normalmente em todas as suas alas, como antes, inclusive com UTI, ala masculina, feminina, obstetrícia, maternidade, áreas de isolamento, exames e demais setores. O pronto socorro foi deslocado para a UPA pois a reforma é nessa ala, mas o atendimento continua sendo feito”.

 

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