Nessa semana, acadêmicos de Medicina divulgaram nota de repúdio contra o que chamaram de “descaso” da UNESC devido à falta de atendimento às reivindicações da categoria em Vilhena (leia mais AQUI).
O caso chegou à tribuna da Câmara Municipal através de manifestação do vereador Dhonatan Pagani, que prestou solidariedade aos alunos.
Contudo, o parlamentar foi mais além e mandou um questionamento aos representantes da faculdade: ele quer saber o destino de parte do faturamento do curso de Medicina, que nos cálculos dele somam aproximadamente R$ 7 milhões, que deve ser repassado ao município de Vilhena para melhorias no setor de saúde pública.
“Eu queria entrar num ponto muito específico, que é o decreto 45.339/2018, que prevê que 10% do faturamento bruto anual do curso de Medicina tem que ser repassado para o município de Vilhena para melhorias nas condições do acadêmico ao utilizar o sistema de saúde e também da população. Sabe quanto isso representa num cálculo razoável que nós fizemos? Isso representa R$ 7 milhões, que a universidade precisa devolver ao poder público em melhorias para a Saúde Pública. Onde está esse dinheiro? Foram feitas reformas de duas UBS, mas isso não custa R$ 7 milhões. Pelo contrário: se a reforma da UBS do Cristo Rei, que é uma das maiores do município, custa R$ 400 mil, cadê o restante desse recurso?” questionou.
Pagani garantiu que irá solicitar balancete patrimonial da universidade para saber o valor bruto que foi arrecadado desde o início do curso de Medicina em Vilhena.
“Se o recurso está sendo aplicado, de que forma isso acontece? Temos muito a melhorar, fazendo um Centro de Pesquisas dentro do Hospital Regional, podemos melhorar as condições do acadêmico que é residente nas Unidades Básicas de Saúde. Temos a Pediatria e Ginecologia precisando de reformas urgentes. Esse dinheiro viria a melhorar, mas está travado em algum lugar que ainda é um mistério para esse parlamento. Iremos fiscalizar e manteremos a todos informados”, encerrou.
Tentando ouvir a instituição, o Extra de Rondônia enviou os questionamentos do parlamentar à assessoria da entidade, mas o site não obteve resposta até o momento da publicação da matéria.