REPERCUSSÃO
Lamentavelmente foi necessário que um ambientalista estrangeiro estivesse entre os dois desaparecidos no alto amazonas para que o desmonte governamental nas políticas ambientais tomassem a dimensão que estamos a testemunharmos. Não são poucos ambientalistas brasileiros que tombam todos os dias por defenderem a Amazônia sem a mesma repercussão para que o tema volta à pauta governamental. O sumiço de Dom (cidadão inglês) e Bruno (nosso compatriota) encarna uma realidade horrorosa de crimes perpetrados com o mesmo modus operandi contra os defensores da Amazônia na atual gestão de Bolsonaro.
DESMONTE
Não e segredo nem para os neófitos no assunto que o presidente tem afrouxado toda a legislação ambiental para facilitar a exploração indevida dos recursos naturais a garimpeiros, madeireiros, pecuaristas e setores do agro, além de desmontar toda fiscalização dos órgãos para facilitar a exploração fora da lei. A visão tosca do governo sobre a forma de explorar as riquezas amazônicas propicia a violência que estamos a presenciar. A inércia governamental em impedir o desmate da floresta encorajou atividades de mineração ilegal em terras indígenas, suspendeu a criação de novas áreas de conservação, desmontou os órgãos de controle e, portanto, fez vistas grossas a grilagem, garimpagem, extração de madeira. Neste diapasão de mazelas, o tráfico de entorpecentes encontrou terreno fértil para se expandir.
TOSCA
Para alguns setores, inclusive em Rondônia, unidades de conservação é um atraso ao desenvolvimento. Uma visão tosca uma vez que Rondônia conhece bem o ciclo do ouro e da madeira, setores que quando se expandem, trazem consigo muito mais mazelas sociais do que distribuição de riquezas. Poucos que ganham com estas atividades, inclusive contribuem para aumento do contrabando. Há quem defenda abertamente a revogação dos unidades de conservação sob leviandade de que estas unidades atrasam o desenvolvimento. Ainda bem que esta visão coalha esta circunscrita a uma bolha ideológica que CORAGEM
É preciso coragem para denunciar os crimes contra o meio ambiente e firmeza para suportar os impropérios dos intolerantes que veem nossos recursos naturais como um meio de especular e ganhar uma grana fácil. É preciso que se diga que agronegócio é importante na produção de alimentos, mas emprega muito pouco em razão da tecnologia agregada. Sua expansão sem compatibilizar com políticas de preservação será uma tragédia anunciada num futuro próximo.
ISOLAMENTO
Os néscios não ligam para o futuro porque enxergam somente o umbigo, no entanto, cada vez mais, o mundo vai impor sanções para aquisição de produtos oriundos da Amazônia sem um plano adequado de manejo. A continuar este desmonte das políticas de preservação, é possível que não teremos mercados consumidores fora do país para vender os produtos. Revogar as unidades de conservação, é o caminho mais rápido para que estas sanções sejam adotadas com mais rapidez. Coragem!
COMBATE
Embora haja um desmonte proposital no combate firme aos crimes ambientais, nos últimos dez dias, em Rondônia, ocorreram duas ações policiais que revelam o modus operandi da turma que exige afrouxamento das leis ambientais. Invadem as reservas para retirar dela as riqueza e vendem o lote para a pecuária extensiva ou o plantio da soja que cada dia se expande sobre nossas riquezas naturais provocando todo tipo de desequilíbrio na fauna e flora. São ações desta monta que deveriam ocorrer permanentemente uma vez que os depredadores não dormem no ponto.
DENUNCIA
O ex-superintendente da Polícia Federal Alexandre Saraiva deu uma declaração bombástica ontem a uma emissora de TV fechada acusando políticos da região com os crimes ambientais. É uma denúncia a ser investigada por ter sido feita por um dos mais qualificados profissionais da policia brasileira. Saraiva foi afastado da Superintendência exatamente por combater de forma implacável dos grupos criminosos instalados no Amazonas. O Congresso Nacional deveria convocar o policial para esclarecer melhor os políticos envolvidos com crimes ambientais, entre outros.
VIOLÊNCIA
A coluna alertou dias atrás do aumento da violência em Rondônia, em especial na capital, com cenas de tiroteio a luz do dia. Ao que parece o governo, comandado por um coronel, prefere permanecer na inércia que ingressou desde que assumiu a condução do governo. Não há um ato concreto para minimizar a violência que campeia no estado. Marcos Rocha visitou alguns trechos de asfalto que realiza para mostrar durante a campanha eleitoral, mas tem sido acompanhado por um número bem significativo de seguranças da nossa força militar. Ele sim, está seguro. Já a população…
PESQUISAS
Em breve uma emissora nacional vai divulgar a primeira pesquisa eleitoral para presidente, governador e senador. As pesquisas, a exemplo das urnas eletrônicas, serão as mais contestadas pelos negacionistas. Exceto na hipótese dos números serem favoráveis para seus candidatos. Vêm surpresas por ai.
CAMPANHA
Enquanto Marcos Rocha (União Brasil) continua perambulando na companhia dos prefeitos visitando obras de pavimentação urbanas, Marcos Rogério (PL), Léo Moraes (Podemos) e Vinicius Miguel (PT-PSB- PCdoB e Cidadania) intensificam as visitas no interior com reuniões. Quem melhor aproveitou a semana que passou foi Léo que fez reuniões, concedeu entrevistas no rádio e percorreu dezessete municípios. Na medida que o eleitor do interior vai conhecendo as suas propostas mais avança sobre estes redutos.
SOPAPOS
A refrega da campanha em sim ainda não começou, nem os sopapos. Mas é natural que comece se acirrar na medida que as convenções homologuem as candidaturas. Não há campanha sem críticas, sem que um candidato aponte os defeitos do outro. Somente os ingênuos acreditam que no calor de uma campanha não sobra sopapos. Os próprios grupos engajados nas candidaturas anteciparam o acirramento nas redes sociais e revelam o que vai ocorrer na campanha.
PRESSÁGIO
Já começaram a sair pesquisas por ai. A pesquisa retrata uma realidade momentânea e pode ser bem feitas ou “emprenhadas”. Todos os candidatos estão monitorando com as próprias pesquisas para definir duas estratégias. A pesquisa para o público não tem mais aquele efeito de antigamente que influenciava na hora voto. Há muito tempo não muda nada. O candidato que utilizar desta esparrela tem tudo quebrar a cara. Somente amador insiste no passado. Nas eleições de 2018, Maurão apareceu em primeiro com uma boa diferença do segundo, mas sequer foi ao segundo turno. Os primeiros números são um bom presságio.