De acordo com o filósofo alemão Immanuel Kant, “O ser humano é aquilo que a educação faz dele”.
Essa visão nos faz refletir como o domínio do conhecimento difundido principalmente pela linguagem verbal impulsiona as relações de poder do cidadão.
Portanto, é imperioso destacar o evidente panorama de manipulação, em decorrência da falta de domínio da linguagem verbal, e a necessidade de exercer a cidadania por meio da linguagem verbal. Assim sendo, explanaremos ao longo dessa discussão tais fatores a serem solucionados.
A sociedade se vê frente a um evidente panorama de manipulação. Segundo o pensador Diôgo Pantoja “A falta do saber e a falta de informações, são os princípios da manipulação”. Dessa forma, um indivíduo com mais educação terá mais relações de poder, contraposto a isso, um indivíduo com pouco domínio da linguagem verbal terá sua vida limitada e será manipulado pelos detentores do saber, representados pela elite social. Para tanto, faz-se necessário o entendimento prévio de como atuar nos nexos do Estado.
A cidadania garante direitos a cada indivíduo. Segundo o 6° artigo da Constituição Federal, “São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição”. Embora, na sociedade brasileira, esses direitos se limitem a determinado público, eles podem ser reivindicados através de atuação política, que tem por representantes agentes políticos eleitos pelo povo. Nesse sentido, para se manter presente nas relações do Estado, é indispensável o domínio da linguagem verbal, para lutar pelos seus direitos.
Conclui-se, portanto, que o domínio do conhecimento difundido pela linguagem verbal impulsiona as relações de poder do cidadão e lhe possibilita requerer seus direitos. Para tanto, é necessário desenvolver a habilidade de escrita e leitura, para que possa atuar na sociedade com uma visão mais crítica, politizando-se contra a manipulação. Assim sendo, o governo deve fomentar tal desenvolvimento a partir de cursos de letramento e alfabetização, com disponibilidade nos três períodos do dia para atender todo o público iletrado ou analfabeto, e tendo a finalidade de possibilitar maior atuação das massas em questões políticas.