Na história recente do país tivemos diversos ciclos econômicos (açúcar, gado, café, automóvel e soja). Cada ciclo é formado de quatro estágios: expansão, boom, contração e recessão.
Uma das características dos ciclos econômicos é a geração de riqueza. No passado a riqueza de alguns era familiar, inclusive passando de geração a geração.
Agora os tempos são outros e com novas características. A cultura da soja difundiu-se por todo o país, com rapidez, trazendo riqueza para muitos, inclusive para aqueles que mais investiram no negócio agrícola.
No meu entender, hoje o Brasil está atravessando o ciclo da ‘era digital’ (inteligência artificial, comunicações, redes sociais), incentivado pela criatividade humana. A exploração de ideias inteligentes, quando bem planejada e conduzida, constitui um grande gerador de negócios. E isso é algo estimulante; criou-se um processo revolucionário e interminável. Vivemos um tempo em que uma boa ideia pode valer milhões!
Qual a mensagem que esta palavra nos traz? Qual o desafio que temos diante de nós? Ficaremos apenas como expectadores ou seremos parte ativa desse novo ciclo?
Produtos e serviços costumavam ser criados a partir da existência prévia de mercados clássicos e bem definidos. Entretanto, no presente momento, o surgimento de uma ideia cria implicitamente novos mercados. Então, produtos e serviços inovadores são concebidos, produzidos e comercializados. É uma indústria sem competidores; construída sobre novos alicerces; rápida nas decisões e flexíveis na operação. A consequência é a geração de riqueza!
Na atualidade existem bilhões de dólares percorrendo o mundo, em busca de oportunidades. Por falta de opções esses bilhões estão guardados nos bancos. De igual forma, existe uma carência crescente de bons projetos. Vale ressaltar que os investidores aceitam correr riscos, desde que o retorno seja compatível.
Para nós, que trabalhamos nas empresas, este é um período de oportunidades. As circunstâncias demandam empresários e empreendedores competentes e orientados para resultados. Infelizmente, o medo tem refreado as ações e iniciativas de muitos; e o conservadorismo tem prevalecido sobre a ousadia.
A conjuntura requer, de todos nós, outro perfil profissional. As escolas precisam preparar os jovens para uma nova realidade econômica. Se isso não ocorrer, este país vai se restringir a ser um importador de bens e serviços, por falta de preparo profissional.
Concluindo: Precisamos aprofundar nossa visão de negócios; nossas decisões tem que ser criteriosas e sábias; nossas ferramentas necessitam ser efetivas. Nossos investimentos devem ser em projetos permanentes e não temporários. Urge desenvolver a profissão e o espírito, com trabalho e fé, integridade e foco. Pense nisso enquanto lhes digo até a semana que vem.