O senador Marcos Rogério está em Vilhena para participar do Encontro Estadual do Partido Liberal (PL) que ocorrerá na noite desta sexta-feira, 15, no CTG Sinuelo do Norte.
Em visita à redação do Extra de Rondônia, Rogério explicou que o encontro tem por objetivo unir lideranças locais e estaduais através do “Mobiliza Rondônia” e realizar a apresentação de pré-candidaturas de postulantes aos diversos cargos políticos, como o empresário Jaime Bagattoli, ao Senado, e da ex-prefeita de Vilhena, Rosani Donadon, à Câmara Federal.
Ele também anunciou que a convenção do PL ocorrerá em 05 de agosto, em Porto Velho.
Na entrevista, ele comentou a relação de amizade com o ex-senador Expedito Júnior, explica situação prefeito da capital, Hildon Chaves, e faz críticas ao governador Marcos Rocha.
EXTRA DE RONDÔNIA – Faça um balanço de suas ações no Senado Federal
MARCOS ROGÉRIO – Fiquei dois mandatos como deputado federal e agora no Senado. Esse mandato está sendo pra mim muito marcante. Os primeiros dois anos foram para conhecer o funcionamento do Senado e, logo, participei do processo de escolha da presidência do Senado. Lá haviam dois grupos: um, do lado do Renan Calheiros e outro Davi Alcolumbre, que representava a mudança. Então, a eleição foi um processo de mudança, mudança essa acontecendo até no Senado Federal, quando ajudei na coordenação da presidência do Senado. Digamos que Davi venceu o Golias, nesse caso. Davi venceu um nome histórico, que era Calheiros. E, com isso, acabei, de certa forma, alcançando uma liderança que até hoje poucos rondonienses alcançaram no Senado. Tive a oportunidade de presidir a Comissão de Infraestrutura, que é a principal do Senado, também de relatar os principais projetos do setor de energia elétrica, fui relator da capitalização da Petrobrás, além de outros projetos importantes, como a CPI que foi um divisor de águas na minha trajetória no Senado. Foi um ‘palco’ que promoveu alguns e afundou outros. Eu consegui passar por aquela CPI e sair maior do que entrei. Hoje, o Estado de Rondônia inteiro reconhece meu trabalho. O rondoniense passou a ter orgulho. Na CPI, não era apenas a defesa do presidente da República, era a defesa da verdade, daquilo que eu acreditava.
Os 52 municípios de Rondônia têm recursos que mandei. Uso a liderança e o prestígio no Senado para transformar isso em benefícios para o povo de Rondônia em todas as áreas
EXTRA – O que motivou o senhor para ser pré-candidato ao governo de Rondônia?
ROGÉRIO – Sou pré-candidato por amor o povo de Rondônia. Amar é cuidar, proteger. Atualmente, todas as áreas têm problemas, mas a Saúde é quem fala mais alto. Quando eu olho a população de Rondônia que depende dos serviços da Saúde, é humilhante. As pessoas têm medo da Saúde de Rondônia. Então, estou saindo de um lugar de conforto e honra, para enfrentar desafios, situações difíceis, porque governador é fazer escolhas. Estou com a disposição de usar a liderança que consegui no Senado, a coragem que demonstrei na CPI para colocar a serviço de Rondônia e enfrentar o problema da Saúde. Temos que ter uma unidade regional em Vilhena para atender todo o Cone Sul, em Ji-Paraná, Ariquemes e precisamos concluir o hospital de Guajará-Mirim para descentralizar os atendimentos.
O governador ficou sem falar quatro anos com a Polícia Militar, agora impõe a lei da mordaça, que não pode falar mais com a imprensa
O Governo do Estado ficou esse tempo trabalhando como se fosse banco: só arrecadando, sem planejamento, sem projetos, sem gestão. Chegou no final do governo e não tinham o que fazer com o dinheiro. Aí, pega esse dinheiro todo, chama os prefeitos e se autointitula ‘governador municipalista’. Ele é sim um governador irresponsável, que não planejou o Estado e que, o final, nunca conversou e dialogou com os prefeitos. Não sou contra ajudar prefeitos, até porque sou um senador municipalista. Mas o governador não pode apenas dizer que é municipalista se não fez o dever de casa.
EXTRA – Aparentemente, o ex-senador Expedito Júnior era o nome do seu grupo político para disputar o Senado. Mas agora o PL confirmou Jaime Bagattoli. O que aconteceu?
ROGÉRIO – Essa situação do Senado já vinha conversando com o próprio Expedito há muito tempo. Se ouvir as entrevistas antigas, eu sempre dizia que o nome do ex-senador Expedito Júnior era um nome que poderia ser lançado ao Senado, mas que estamos conversando com outras forças políticas. Sempre disse que essa situação passaria pelo crivo do PL nacional e o nome seria anunciado no momento certo. Então, eu respeitei essa situação. Se você perguntar ao Expedito, e se ele for correto, ele vai dizer que essa ideia, primeiramente, quem propus, foi ele mesmo lá atrás, quando Hildon (prefeito de Porto Velho) abandonou nosso projeto para apoiar Marcos Rocha em razão do dinheiro que ele deu para à capital. Mas, respeito a posição do Hildon. Cada um faz a escolha que considera adequada no momento. Que seja feliz lá. Mas eu serei um governador que olha para os 52 municípios durante os quatro anos. Mas hoje o nome do PL ao senado Federal é do empresário vilhenense Jaime Bagattoli.
Contudo, se o PSD entender que deve lançar Expedito Júnior ao Senado, é uma decisão deles.
EXTRA – O senhor já tem o nome do pré-candidato a vice-governador?
ROGÉRIO – Ainda não. O vice é o quadro que você decide aos 45 minutos do segundo tempo. Quem decide vice por antecipação afasta as possibilidades de diálogo e composição. Inicialmente, seria um vice da capital, mas essa não é uma condição. Mas depende dos partidos que virão conosco, na hora certa. Contudo, temos bons nomes e lideranças do interior do Estado que viriam a compor essa chapa.
EXTRA – O que os rondonienses podem esperar de Marcos Rogério caso eleito governador do estado?
ROGÉRIO – Os rondonienses podem esperar um governador diferente daquele que está aí, dinâmico, que não tenha preguiça de trabalhar e que não terceirize o governo. Serei um governador que irá dialogar com o setor produtivo de Rondônia, que irá visitar muito os municípios de Rondônia, com uma equipe trabalhando diuturnamente. Não dá para ficar nesse modelo de gestão de só trabalhar no último ano de mandato.