Quem tem um veículo está sempre atento à variação de preços do combustível, pois é preciso para o dia a dia e termina sendo o maior gasto que o proprietário tem, visto que 38% do total dos gastos do carro é com este item.
Mas, para calcular o gasto total com o veículo, é preciso considerar vários gastos, como os impostos, o seguro, os serviços de manutenção e reparação e as possíveis peças de reposição. Analisando os gastos com todos estes itens é que a Agência AutoInforme constatou um leve aumento nos gastos que os proprietários de veículos tiveram em junho.
Mesmo que alguns itens mostraram quedas nos preços, a inflação do carro registrada foi de 0,28%, no mês passado. Porém, as quedas ajudaram a que o aumento não fosse muito alto.
A queda no preço dos combustíveis foi a mais importante, mas não foi suficiente para evitar que a inflação do carro continuasse aumentando, pelo terceiro mês consecutivo. Devido à redução do ICMS o valor da gasolina, que estava em R$ 7,07, caiu para R$ 6,87 e o valor do etanol passou de R$ 5,18 para R$ 4,89.
Na contramão dos combustíveis, o preço dos seguros de carro e o valor cobrado na franquia tiveram um importante aumento, a média foi de 6,30% no mês. O principal motivo deste aumento foi o incremento registrado de roubos, pois março registrou 10% a mais de ocorrências do que em abril.
Ao aumentar o custo do risco que a seguradora deve assumir, a ação quase imediata destas empresas é aumentar o valor do prêmio do seguro. Esse fato também pode se relacionar com o aumento da franquia, pois o custo para comprar as peças em casos de danos mostraram um leve aumento. As peças de reposição por desgaste, como os filtros, pneus, jogo de amortecedores e itens do sistema de freio mostraram uma pequena elevação, uma média de 0,85%.
Além dos combustíveis, dos seguros e das peças de reposição, outros itens que geram gastos para os proprietários de veículos tiveram mudanças nos seus preços. Por exemplo, no caso dos serviços de revisão, de alinhamento e balanceamento mostraram um aumento de 4,86%.
O único item que também gera gastos para o proprietário e que não teve nenhuma alteração no preço foi os impostos. Assim, ao considerar um veículo seminovo, se o motorista tivesse um gasto médio de R$ 2.065,05 no mês de maio para usar o carro no dia a dia e também para fazer a manutenção preventiva, em junho teria gastado R$ 2.070,75 para contratar os mesmos serviços e abastecer a mesma quantidade de combustível.
No bolso o aumento termina sendo muito leve, isso graças a redução no preço do combustível que representa mais de um terço do total dos gastos que o proprietário de veículo tem hoje em dia no país.