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Desistir não é o termo correto. Ele não desistiu. Ele cansou. De tentar reunir as lideranças da esquerda.

De convencer os diretórios nacionais da sua sigla, o PSB e de outras aliadas, como o PT, a investir na formação elaborada e pronta para a disputa, em Rondônia.

Cansou de pregar no deserto, embora a citação bíblica pareça não caber para ações de políticos mais à esquerda. Liderança importante e ascendente principalmente em Porto Velho, mas também em outras regiões do Estado, Vinicius Miguel cansou de ser marisco e bater contra pedras imutáveis. Por isso, depois de um longo período de tentativas, em que usou todo o seu conhecimento, qualidade de diálogo, experiência nos debates da política e liderança pessoal, ele abriu mão de ser o candidato ao Governo da chamada Frente Popular, formada por PSB, PT, Solidariedade e PSOL, entre outros.

Quem assume agora a missão de disputar a cadeira principal do Palácio Rio Madeira/CPA é Daniel Pereira. Terá também a duríssima missão de unir a Frente Popular. Parece uma missão impossível, quão impossível é conseguir unidade nas esquerdas. Talvez Daniel precise mesmo de um milagre. Vinicius Miguel será candidato a deputado federal. Também o será, ao menos até o final da quinta-feira (era esse o plano), o atual deputado Mauro Nazif. Ou seja, o PSB vai aventurar, tentando uma dificílima eleição de duas lideranças da Capital. O caso ainda pode mudar, porque Nazif ainda pode mudar de ideia e entrar na briga pelo Senado. Com a desistência de Vinicius, começa tudo de novo, na composição dos partidos de esquerda.

Com Daniel Pereira pilotando a chapa da Frente Popular, disputando o Governo, fica em aberto ainda a vaga para o Senado. Será Nazif? Ou pode haver uma grande surpresa e o PSD entrar neste grupo, oferecendo o nome de Expedito Júnior? Ou virá, para o Senado, o ex-conselheiro Benedito Alves, através de conversações conduzidas por Acir Gurgacz. Tudo pode acontecer, até o final do período das convenções, em 5 de agosto, ou seja, daqui a exatos 14 dias.

Por óbvio, pode-se deduzir que Daniel já está se movimentando para cooptar, também, o apoio do grupo do MDB, liderado pelo senador Confúcio Moura, de quem foi vice. O MDB, aparentemente em sua maioria, pelo grupo liderado por Lúcio Mosquini e com aval de Valdir Raupp, vai ficar ao lado da candidatura de Marcos Rocha, mas o grupo confunciano, por orientação do seu líder, não aceita essa adesão e quer se postar como opositor ao atual governo. Daniel Pereira passa a ser mais uma opção, embora o emedebismo de Confúcio não descarte apoiar também Léo Moraes. A verdade é que o emaranhado quase incompreensível da nossa política, muda tudo de uma hora para outra.

Vinicius Miguel, mais que uma promessa, uma realidade na vida pública rondoniense, está fora da corrida pelo Palácio. Entra agora Daniel Pereira, no grupo de candidatos que já tem Marcos Rocha, Marcos Rogério, Léo Moraes e ainda pode ter Ivo Cassol. O que vai acontecer, nem Mãe Dinah consegue anunciar…

PARTIDOS VÃO DAR POUCO APOIO A CANDIDATOS AOS GOVERNOS E MUITO MAIS PARA QUEM CONCORRE AO CONGRESSO NACIONAL

A dificuldade que Vinicius Miguel encontrou, no sentido de wnfrentar resistência do diretório nacional do seu partido, do PT e de outros aliados, para investimento em candidatura estaduais que não sejam para os candidatos à Câmara Federal (mas também ao Senado), certamente seguirá o mesmo raciocínio em praticamente todos os partidos e alianças, agora apelidadas de federação. Com a disputa presidencial de apenas dois candidatos com chances reais de chegar à vitória, a imensa maioria das siglas vai investir pesado naqueles que disputam vagas no Congresso Nacional. É o pensamento do PSB de Vinicius e Nazif, mas é o mesmo que têm os partidos considerados de centro e de direita. Os nanicos não contam, porque estes são apenas (com raríssimas exceções) balcões de negócios, que abrem mão de tudo por alguns tostões a mais. As grandes siglas, principalmente, vão investir muito pesado na tentativa de eleger representantes principalmente na Câmara Federal, já que o Senado, apesar da enorme importância, tem apenas uma vaga por Estado. O bolsonarismo, por exemplo, já avisou que, depois da reeleição do atual Presidente, a maior de todas as metas é eleger o maior número de Senadores. Em Rondônia, por exemplo, há pelo menos dois candidatos radicalmente ligados ao presidente: a deputada federal Mariana Carvalho, que tem apoio declarado de Bolsonaro e seus filhos e o empresário Jaime Bagattoli, que se apresenta como maior aliado do Presidente em Rondônia.

PSC FAZ CONVENÇÃO, CONFIRMA APOIO À REELEIÇÃO DO GOVERNADOR E APRESENTA NOMINATAS À CÂMARA E ASSEMBLEIA

Foi um sucesso a primeira convenção oficial de um partido de Rondônia. Com a presença do Governador, que prestigiou o evento da sigla presidida por seu líder na Assembleia Legislativa, o deputado Luizinho Goebel, o PSC confirmou seu alinhamento com a busca da reeleição de Marcos Rocha e, ainda, confirmou sua relação completa de candidatos à Câmara Federal e Assembleia Legislativa. Haviam tantos postulantes que, na nominata para a Câmara, acabou sobrando um pretendente e, na da ALE, foram dois que ficaram fora. O PSC não definiu, ao menos até agora, quem apoiará ao Senado.  Entre os nomes mais conhecidos para a Câmara, estão os do ex-secretário da Agricultura, Evandro Padovani e do atual deputado federal Lucas Follador. Completam a relação André da Royal, Pastor Pocidônio, Robão da Central do Boi, Sargento Izaque Zigue. As três mulheres que estão na nominata federal são Maria Simões, Professora Edinamar e a Professora Valdecira. E para a Assembleia, quem são os 25 nomes?  A relação é liderada pelo presidente do PSC, Luizinho Goebel, que busca seu quinto mandato e pelo atual vice-governador, Zé Jodan. Os demais: Adriano Bombeiro, André Brito, Anubis Simões da Saúde, Bibi Coelho, Bombeiro Gerenildo, Canarinho, Maria do Social, dra. Taissa Souza, Edson Leite, Ellen Basso, Evemero Silva, Flávio Correa, Jabá Moreira, Jacira da Saúde, Jair da Agropecuária, Joelna Holder, Katiana Gomes, Luiz Gomes, Pastora Cila, Pedro Paz, Rodrigo Saulinho, Vagno Panisoluy e Xiru do Agro.

UNIÃO BRASIL E REPUBLICANOS LANÇAM MARCOS ROCHA E MARIANA CARVALHO NO GRANDE ENCONTRO DO DOMINGO

Por falar em convenção, uma das maiores, está agendada para este domingo, a partir das duas da tarde. O encontro vai ser realizado na Casa de Shows Talismã e está previsto para ser um dos maiores encontros da política rondoniense dos últimos tempos. Nela, o União Brasil e o Republicanos, que estarão juntos, vão lançar oficialmente a candidatura do atual governador Marcos Rocha para a disputa pela reeleição; confirmarão Mariana Carvalho para o Senado e, senão toda, anunciarão ao menos parte das nominatas para a Câmara Federal e Assembleia Legislativa. Claro que não se comenta da porta para fora, mas ouve-se que o UB está com dificuldades da montagem final de suas relações de candidatos, tantos são os nomes dos que querem entrar para a nominata definitiva. Caravanas de todo o interior vão se deslocar para a Capital, para participar do evento. Tudo indica, também, que Marcos Rocha não vai fechar a convenção e só anunciará o nome do seu candidato a vice no período em que ele chamou de “última hora”, ou seja, em 5 de agosto, último prazo para o encerramento das convenções. Representantes de vários partidos aliados (além do Republicanos, o Avante, o PSC, o Patriotas, entre outros), estarão prestigiando o evento. Os preparativos para o evento começam neste sábado.

JUSTIÇA E TRIBUNAL DE CONTAS CORRIGIRAM DENUNCISMO VAZIO CONTRA TRANSMISSÃO DA TV DO FLOR DO MARACUJÁ PARA O MUNDO

Durante alguns anos, Rondônia se apresentou para o mundo, justamente por seu principal evento cultural: o arraial Flor do Maracujá. Transmissões ao vivo feitas pela então Rede Mulher (hoje Record News), levou a mais de 150 países, além de, é claro, para todas as regiões do país, as apresentações dos grupos de Quadrilhas e Bois-Bumbás. Além da presença de milhares de pessoas, durante os dias do evento, a televisão transformou nossa maior festa num acontecimento de grandeza mundial. Continuasse o projeto, há quem tenha certeza de que a festa rondoniense poderia estar no mesmo patamar do Festival Folclórico de Parintins. Mas, de uma hora para outra, por inacreditáveis decisões que envolveram alguns poucos representantes do Ministério Público e do Judiciário (lamentavelmente), tudo foi por água abaixo. Denúncia apresentada por uma procuradora do então governo Confúcio Moura, como se houvesse irregularidade no contrato entre a Federon (entidade que representava os grupos folclóricos) e a Secel, em 2012, acabou com o sonho de que fosse mantido o sistema de transmissão e o Arraial, desde lá, só murchou. Num primeiro momento, as denúncias não foram acatadas pela Justiça rondonienses, mas pelo menos quatro anos depois das transmissões pela TV terem sido encerradas. Nesta quinta-feira, finalmente, a última injustiça foi corrigida: por unanimidade, o Tribunal de Contas do Estado decidiu que tudo o que foi feito no contrato, o foi dentro de todos os preceitos legais. Nenhuma irregularidade, nenhuma irregularidade, nada de errado foi encontrado.

PERDAS IRRECUPERÁVEIS TAMBÉM PARA GRANDES EVENTOS COMO A EXPOVEL, O CARNAVAL FORA DE ÉPOCA E O HOTEL QUE NUNCA EXISTIU

O que se questiona agora é: como vai se recuperar tão grande perda? Não há como voltar ao passado e refazer a história. O que está feito, está feito. Ou seja, o enorme prejuízo causado por um denuncismo vazio, claro, jamais será recuperado. Além dos prejuízos morais, imensos, de todos os envolvidos, que fizeram tudo certo, mas foram denunciados como se tivessem praticado ilegalidades, há a questão prática da interrupção de um projeto que poderia ter consolidado o Arraial Flor do Maracujá, como um dos maiores eventos culturais não só de Rondônia e da região norte, mas também de todo o país. A questão é que, na legislação brasileira, num acontecimento lamentável como esse, quem cria uma denúncia sem base não precisa responder a nada, não importa o mal que cause e a quem cause. Já tivemos por aqui outras decisões semelhantes, algumas delas que acabaram com eventos populares que mobilizavam milhares e milhares de rondonienses, como o Carnaval fora de época; as gigantescas cavalgadas da Expovel; a própria Expovel, falando-se em eventos de grande público, mas também, em investimentos e obras que poderiam ajudar o crescimento da nossa cidade e do nosso Estado, como a proibição de construir um hotel do grupo internacional Sleep In, numa área central, hoje abandonada e eventualmente tomada pelo mato, ao lado da Unir Centro e do antigo Palácio do governo. Ali, à época, se perderam um grande investimento financeiro e pelo menos 100 empregos diretos. Disso tudo, só fica o lamento.

MARCOS ROGÉRIO DESTACA SEU PLANO DE GOVERNO E APROVEITA PARA ALFINETAR SEU PRINCIPAL ADVERSÁRIO

O senador Marcos Rogério, do PL e considerado até agora o principal adversário do governador Marcos Rocha, para a eleição de outubro, continua se movimentando pelo Estado. Uma das ações que ele comenta, com jeito de comemoração, é o que chama de participação popular, através de consultas públicas, para a elaboração do seu plano de governo, que será chamado de “Plano de Governo Participativo”. Ele destaca, por exemplo, que “mais de 53 por cento dos participantes, apontaram que a saúde deve ser a prioridade da próxima gestão”, aproveitando para alfinetar o governo do seu adversário, ao afirmar que “isso ocorre, dado o estado calamitoso do setor”. As consultas foram feitas em sedes de vários Municípios e em distritos, como Rondominas, em Ouro Preto do Oeste, e União Bandeirantes, em Porto Velho. Marcos Rogério adiantou que o plano de governo terá enfoque específico para os distritos, com um programa que promova integração e desenvolvimento econômico. “Precisamos pensar no crescimento de todo o Estado, o que passa pela revitalização dos distritos”, disse. Marcos Rogério destacou ainda que as propostas que estão sendo recebidas pela internet, no canal aberto pelo PL, também estão sendo analisadas. E acrescenta: “o entusiasmo das pessoas tem sido contagiante. Tenho certeza de que estamos no rumo certo, ao construirmos um plano que traduza o que a população realmente espera do governo”.

PRESIDENTE DO TJ, JUIZ ELEITORAL VÁRIAS VEZES, DIZ QUE EM 32 ANOS DE ATUAÇÃO NUNCA VIU IRREGULARIDADE NO SISTEMA DE VOTAÇÃO E CONTAGEM DE VOTOS

“Sou Magistrado há 32 anos. Atuei como Juiz Eleitoral e fui presidente do Tribunal Regional Eleitoral – TRE-RO ao longo desses anos. Nunca verifiquei indícios de irregularidades no sistema de votação e contabilização dos votos. Nosso sistema é seguro e rápido.” A declaração, curta, objetiva e clara é do atual presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Marcos Alaor Grangeia, no seu Twitter. A posição do reconhecido magistrado brasileiro se inclui na centena de protestos vindos de diversos setores da sociedade brasileira, depois que o presidente Jair Bolsonaro se reuniu com embaixadores de vários países, para, mais uma vez, contestar o sistema de urnas eletrônicas no país. O caso se transformou em mais uma grande crise política, mas também entre os poderes. O ministro Edson Fachin, do STF, por exemplo, deu cinco dias, a contar da quinta-feira, para que o Presidente se explique sobre o assunto. Várias lideranças da oposição entraram com pedidos, junto ao STF, para que o Presidente responda por seus ataques ao sistema eleitoral e às urnas eletrônicas. Enquanto o país vive em crise, o grande tema nacional é apenas esse. Ele domina a mídia e a opinião pública em todo o país. Também em Rondônia.

PERGUNTINHA

Você sabia que 569 cidades brasileiras, ou seja, mais de 10 por cento do total de municípios, têm mais eleitores do que moradores, segundo dados oficiais do TSE?

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