Uma servidora pública foi até a Delegacia de Polícia nessa segunda-feira, 25, e registrou Boletim de Ocorrência (BO) contra o prefeito Adailton Fúria (PSD) por assédio moral em Cacoal.
No BO, a servidora disse que estava participando de um curso de formação, no prédio do Teatro Municipal de Cacoal, junto com vários outros colegas professores, quando o prefeito e sua esposa adentraram no recinto e Fúria perguntou se ela havia feito a denúncia no Ministério Público (MP) sobre a Ata da escola José Mauro de Vasconcelos. Diante da negativa, ele voltou a ameaça-la dizendo que iria ao MP e se descobrisse que ela quem fez a denúncia iria expulsa-a do serviço público. Outros professores teriam presenciado o fato.
A referida denúncia no MP se refere a que o prefeito supostamente estaria utilizando do serviço público para fazer campanha deliberada para os pré-candidatos a deputados Cássio Góis (Estadual) e Joliane Fúria (Federal), que é sua esposa.
O caso gera controvérsia no município de Cacoal e algumas lideranças políticas se manifestaram sobre a questão.
Através das redes sociais, o vereador Paulo Henrique Silva (PTB), considerado crítico da gestão municipal, afirmou que o prefeito, por ser advogado, não sabe nem utilizar corretamente os termos jurídicos “para falar tantas asneiras”. E completou: “acreditem, senhores e senhoras: este é o mesmo prefeito que não implementou a Lei 4.721/21 nas escolas municipais em favor das mulheres que sofrem com a violência doméstica em Cacoal. Será que o Sinsemuc emitirá uma nota de repúdio contra o prefeito de Cacoal e em favor da servidora municipal? Diga não ao assédio. Oremos!”.
Entrevistado pelo Extra de Rondônia sobre o caso, Fúria garante que só fez uma pergunta à servidora. “Não houve isso. Só fiz uma pergunta se a referida professora havia feito uma denúncia caluniosa. Ela respondeu que não. Eu afirmei que iria até o MP para buscar as informações. A professora é ligada a ex-prefeita de Cacoal. Também afirmei que iria abrir um processo administrativo para apurar os fatos, é o meu direito”, comentou.