O senador e candidato ao governo de Rondônia, Marcos Rogério (PL), conversou esta semana com o Extra de Rondônia e falou sobre este momento da campanha, comentando também sobre os motivos que o levaram a ser candidato ao Executivo mesmo tendo ainda quatro anos de mandato no Senado Federal.
Ele também falou sobre a polêmica acerca da reação do presidente Bolsonaro diante da iniciativa de seu partido em vetar o uso da imagem dele por outras coligações.
Discorrendo sobre como está a campanha, Rogério afirmou que agora a fase “de rua, na base do corpo a corpo, olhando nos olhos do eleitor”, depois das reuniões com lideranças e visitas institucionais. “Neste momento, a campanha precisa ganhar corpo e visibilidade, e estamos percorrendo as cidades, fazendo caminhadas, visitas e conversando com o eleitorado, nos apresentando como alternativa de mudança para o estado de coisas atual”, explica, ao percorrer a feira em Porto Velho.
Sobre as demandas de Rondônia, ele enumera várias, mas ressalta que a principal está mesmo nas deficiências do setor de saúde. “Apesar da pandemia, não se justifica a existência de uma fila com mais de duzentas mil pessoas esperando para realização de procedimentos e exames”, avalia. Em seu ponto de vista, a saúde em Rondônia sempre foi maltratada.
E, para resolver os problemas, ele apresenta como solução um enfrentamento baseado em três eixos: emergencial, estrutural e descentralização. No primeiro, que ele denomina como “Saúde Já”, o foco seria atender a demanda atual, buscando inclusive parceiras com o setor privado. No segundo, ele pretende investir em estrutura tanto na capital quando no interior, a fim de elevar a qualidade e diversidade dos serviços prestados.
Fechando o arco, a aposta é fortalecer ou mesmo criar pontos de atendimento eficazes em polos regionais, como Vilhena, Cacoal, Ji-Paraná, Ariquemes e Guajará-Mirim, visando levar o sistema de saúde com qualidade mais próximo da população, tentando diminuir o deslocamento de doentes entre as cidades, principalmente as transferências para a capital.
Essa estratégia de ações incisivas na saúde contará com participação efetiva de sua vice-governadora, a médica Flávia Lenzi, que, segundo Marcos Rogério, “foi escolhida por ser mulher, ser da capital, e ser uma profissional de medicina exemplar, com extenso histórico de serviços prestados ao nosso Estado, cujo olhar e atitude farão a diferença”.
IMAGEM DE BOLSONARO
Falando sobre o incidente de dias atrás envolvendo o presidente Bolsonaro, quanto ao uso da imagem dele por outras coligações senão aquela em que está o PL, Rogério preferiu minimizar a polêmica. “Conheço bem o Bolsonaro, a reação é mesmo típica de seu jeito de ser, não houve maldade. Também quero mais é que os outros candidatos, e aqui me refiro também ao governador atual, votem e peçam votos para ele. Agora, a questão de uso da imagem do presidente em material de campanha de outras coligações que possuem candidato a presidente não é coisa do Marco Rogério, é preceito legal. A lei é que veta este tipo de conduta, que induz o eleitor a concluir que o presidente está ligado a essa ou aquela candidatura regional, quando de fato o candidato a presidente dele, e volto a me referir ao atual governador, é outra pessoa”, observa.
Falando sobre o motivo que o levou a tentar deixar os quatro anos de mandato que têm pela frente no Senado Federal para governar Rondônia, Rogério explicou: “Sou candidato porque amo Rondônia, que é minha terra, e não suporto ver o nosso povo sofrendo”.
Finalizando, ele ressaltou que “nestes doze anos de vida parlamentar na capital federal, eu me formei em Direito, fiz várias pós-graduações voltadas a me qualificar para o Executivo, e hoje estou preparado para ser governador e recolocar Rondônia nos trilhos do desenvolvimento, resgatando a dignidade que o nosso povo vem perdendo a cada dia que passa, e trazendo uma nova proposta administrativa que de fato atenda às demandas e traga o desenvolvimento de nossos potenciais para que deixemos de ser promessa para nos tornarmos realidade”.