Humberto Lago

Se você tivesse a oportunidade de retornar no tempo, como teria sido sua carreira profissional? Idêntica ou distinta da atual? Quais as razões de uma nova postura?

Devo dizer-lhes que se pudesse voltar no tempo, gostaria de retornar aos 20 anos de idade. Num certo sentido, gostaria de reescrever minha história. Diante dessa possibilidade, teria feito algumas coisas diferentes, enquanto que outras seriam integralmente repetidas.

Exemplificando: Faria a mesma faculdade porque amo minha profissão; procuraria aprofundar-me no estudo; gostaria de voltar a trabalhar em grandes multinacionais; gostaria de continuar investindo em visão, missão e valores; continuaria priorizando a integridade pessoal, ética e performance; focaria em liderança e comunicação; teria estudado na mesma e conceituada universidade.

Por outro lado, creio que cometi algumas falhas no trajeto: Deveria ter me aconselhado melhor; subavaliei certos fatores; tomei algumas decisões equivocadas; errei em alguns aspectos quando planejei minha carreira; deixei de investir mais em especialização etc.

Como consequência disso, em alguns casos tardei demais em identificar os melhores caminhos; em formular estratégias compatíveis; poderia ter lido bem mais… Nem por isso irei, de ora em diante, buscar os responsáveis por minhas debilidades, incertezas e inseguranças, mesmo porque elas apontarão para mim.

A despeito disso, eu deveria dominar o inglês na minha mocidade, deveria ter lido mais e ser mais exigentes quanto aos autores, deveria ter procurado pessoas competentes para me orientar, a fim de aprimorar a educação técnica e por decorrência meu conteúdo profissional.

Creio que todas as pessoas deveriam fazer uma auto avaliação profissional criteriosa e profunda, de sua vida, aos 30 anos, 40 e 50. A partir desta última idade, muito pouco poderá ser mudado, seja por falta de ânimo, de coragem ou de vigor físico.

Lembro-me dos pais, cujos filhos e filhas estão hoje na faculdade, porque este é o momento único de ter uma boa conversa profunda com cada um deles e, se possível, dar-lhes uma contribuição maior antes de suas fundamentais escolhas profissionais.

As decisões que os jovens têm de tomar, na atualidade, quanto à carreira, são por demais difíceis. Orientar os filhos sem tentar manipulá-los é dificílimo; optar pelo caminho do diálogo em vez de empregar a autoridade paterna, é algo delicado e complexo.

Nem todos os pais estão prontos para discutir o futuro com seus filhos. Nem todos estão aptos a ajudá-los a desobstruir a estrada; nem todos contribuirão objetivando escolhas sábias, porque essa é uma tarefa hercúlea! Pense nisso enquanto lhes digo até a semana que vem.

sicoob

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