Acompanhando o dia de bastante intensidade no mercado futuro do café arábica voltou a operar com desvalorização expressiva no pregão desta terça-feira (13) na Bolsa de Nova York (ICE Future US).
Por volta das 12h02 (horário de Brasília), dezembro/22 tinha queda de 655 pontos, negociado por 218,20 cents/lbp, março/23 tinha queda de 630 pontos, cotado por 212,90 cents/lbp, maio/23 tinha baixa de 625 pontos, valendo 209,40 cents/lbp e julho/23 tinha desvalorização de 55 pontos, valendo 207,10 cents/lbp.
Na Bolsa de Londres, o café tipo conilon também recuava no início da tarde. Novembro/22 tinha baixa de US$ 33 por tonelada, negociado por US$ 2230, janeiro/23 tinha queda de US$ 30 por tonelada, valendo US$ 2223, março/23 tinha baixa de US$ 28 por tonelada, cotado por US$ 2198 e maio/23 tinha queda de US$ 20 por tonelada, negociado por US$ 2195.
Durante o anúncio dos dados de inflação dos Estados Unidos, as principais commodities passaram a registrar desvalorização. No caso do café, o mercado estende mais um dia de baixas intensas no exterior. O mercado esperava por uma redução no índice inflacionário norte-americano, apoiado na redução dos preços da gasolina, porém, as baixas foram compensadas, como noiticiou a Reuters, pelos custos com alimentação e aluguel nos Estados Unidos. Assim, o CPI (Índice de Preços ao Consumidor) subiu 0,1% no mês passado, depois de ficar estável em julho. E no acumulado de 12 meses, até agosto, a alta é de 8,3%.
Por volta das 12h08 (horário de Brasília), o dólar registrava alta de 1,20% e era negociado por R$ 5,16 na venda, ajudando a pressionar as cotações de café. Além disso, a entrada da safra brasileira, de acordo com análise internacional, também tem sido um fator de pressão para o café.
Por aqui, produtores e lideranças do setor estão preocupados com as condições do parque cafeeiro. As principais áreas de produção têm déficit hídrico e após uma pequena florada ser registrada no mês passado, setembro será determinante para definir a safra de 2023.
Com informações de Carla Mendes*