PF em ação/Foto: Divulgação

A Polícia Federal (PF), através de seu Núcleo Regional de Repressão aos Crimes Cibernéticos de Rondônia, deflagrou na manhã desta quarta-feira, 19, a Operação NOMADIC, para combater os crimes de compartilhamento e armazenamento de materiais relacionados ao abuso sexual infantojuvenil pela internet.

A investigação iniciou-se em julho de 2021, a partir de denúncias enviadas por uma organização não governamental sediada nos Estados Unidos da América, que reportaram a posse, disseminação e a divulgação de conteúdo alusivo a abuso sexual infantojuvenil por meio de uma plataforma virtual de armazenamento de dados.

Foi identificado que nos dados armazenados em “nuvem” do suspeito havia considerável quantidade de arquivos de vídeo contendo abuso sexual infantojuvenil, sendo que todos eles estavam disponíveis publicamente, configurando, além do armazenamento, o compartilhamento do material ilícito.

Após uma série de diligências, que apontaram a autoria dos crimes, os investigadores começaram a rastrear o suspeito que se mudava frequentemente de cidade, tendo saído de Rondônia e morado temporariamente em outros 3 Estados. Porém, há poucas semanas retornou para Rondônia e, ao ser localizado, teve deferido em seu desfavor um Mandado de Busca e Apreensão exarado pela 7ª Vara Federal Criminal da Seção Judiciária de Rondônia – SJRO.

Dessa forma, uma equipe de policiais federais deslocou-se até o distrito de Extrema no município de Porto Velho/RO para dar cumprimento ao Mandado de Busca e Apreensão na residência do investigado.

Durante o cumprimento das buscas, foi encontrado grande conteúdo relacionado à pornografia infantil no aparelho celular do suspeito, que foi preso em flagrante delito por ter armazenado em seu aparelho o material ilícito. Em análise preliminar, o Perito Criminal Federal que compunha a equipe ainda encontrou indícios do crime no computador do investigado.

O suspeito será indiciado por armazenamento e compartilhamento de conteúdo relacionado à pornografia infantojuvenil, com penas que, somadas, podem chegar a 10 anos de reclusão.

Os dispositivos eletrônicos apreendidos serão periciados pelo Setor Técnico-Científico da Polícia Federal – SETEC e analisados pelo NRCC/RO.

NOMADIC, nome dado à operação, é uma palavra da língua inglesa que significa “nômade”, em referência à forma que o investigado alternava frequentemente seu local de residência.

sicoob

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