Nestes tempos de incertezas e inseguranças, entendo que é conveniente refletir um pouco sobre as prioridades de nossas empresas.
Seria oportuno se cada uma definisse e listasse suas maiores dificuldades operacionais, para concentrar nelas seus recursos materiais e humanos.
Compartilhar com os colaboradores esta lista de prioridades é importante para que possam melhor preparar-se e contribuir para a solução dos problemas. Tal decisão também constitui um significativo empoderamento dos empregados, inclusive motivando-os sobremaneira.
Este é um trabalho conjunto e não restrito à direção/gerência. Se a administração não repartir com o quadro de pessoal as dificuldades de gestão, diretoria e gerência assumirão sozinhos a responsabilidade de resolver todos os desafios existentes.
Quando prevalece nas organizações o individualismo, em vez do espírito de equipe, cria-se um vazio enorme e indesejável, no coração da firma. Na ausência de orientação superior, as pessoas escolherão suas próprias prioridades, de acordo com seu entendimento pessoal, criando assim uma balburdia interna além do desperdício de energia.
Imagine que seu principal concorrente, preparou sua lista de prioridades, a qual consiste no seguinte: 1.-Gerar um retorno sobre os investimentos, a nível de mercado e nunca inferior à inflação; 2.-Aumentar as receitas (R$ e unidades); 3.-Fazer crescer os lucros; 4.-Elevar sua participação no mercado e; 5.-Reduzir o endividamento bancário.
Alguns, reagindo a esse plano de ação dirão que ele é bonito, porém impraticável. Outros dirão que este conjunto de ações está conceitualmente correto, mas ninguém obtém tudo isso de uma vez só. Difícil é encontrar um gestor capaz de atingir esses resultados; difícil é constituir uma equipe competente, dinâmica e produtiva.
Todos os vendedores, com desempenho inferior ao valor médio das vendas mensais, devem ser identificados e a seguir receber treinamento ou remanejamento. Ao resolver este problema, você aumentará as receitas e ainda melhorará as vendas médias por vendedor.
A crise é o momento adequado para aprimorar a empresa, tornando-a mais competitiva, porque é quando a direção reconhece que precisa de profissionais inteligentes e criativos. A competitividade vem pelo exame criterioso dos custos e pelo controle austero das despesas.
Entendo que as três ações mais difíceis e complexas para a administração são: 1.-Aumentar o preço de venda; 2.-Demitir funcionários; e 3.-Manter a margem de lucro diante das oscilações do mercado. E para você, amigo leitor, quais seriam essas três decisões?
É possível que diversos gerentes não gostem de responder tais perguntas. A despeito disso, queria incentiva-lo a responder cada uma delas. O bom gestor compartilha os problemas; trabalha com fé; e é sábio ao liderar. Pense nisso enquanto lhes digo até a semana que vem.