Sessão tensa na Câmara de Cacoal / Foto: Claudinei Sorce

A eleição do novo presidente e os demais membros da Mesa Diretora da Câmara de Cacoal para o biênio 2023/2024, que seria realizada na noite desta segunda-feira, 5, foi adiada após um grupo de vereadores se retirar da sessão legislativa que foi realizada no auditório do Teatro Municipal.

Discursos inflamados dos parlamentares tomaram conta da sessão, principalmente, dos que compõem a chapa “Fidelidade e Compromisso”, liderada por Romeu Moreira (DEM), após ser rejeitado um requerimento solicitando informações a respeito de supostos impedimentos à candidatura a presidência de Valdomiro Corá (MDB), que lidera a chapa “Harmonia e Independência Continuam”.

O vereador Paulinho do Cinema (PSB), um dos autores do requerimento, justificou que “há questões extremamente graves” e citou os princípios da honestidade e moralidade. “Quero saber se posso votar em Corá. Quero saber se ele está apto para ser votado”, argumentou Paulinho.

No início da sessão, parlamentares que apoiam Romeu ameaçaram deixar a sessão caso o requerimento não seja aprovado. Contudo, durante a sessão, o presidente da Casa de Leis, João Pichek (Republicanos), apresentou ofício justificando o indeferimento do requerimento. “Não há nenhum informe do Poder Judiciário sobre supostas condenações. Não há qualquer informe da Comissão de Ética. Não aportou qualquer documento do Poder Judiciário ou do Ministério Público de impedimento legal para candidatura de Corá”, argumentou.

Devido a esta situação, o vereador Edimar kapiche (PSDB) – que faz parte da chapa liderada por Romeu – chamou Pichek de “Alexandre de Moraes de Cacoal” justificando a forma monocrática do indeferimento do requerimento e teve até o microfone cortado.

Corá se defendeu das acusações e disse que o requerimento foi uma artimanha da chapa adversária por medo de perder a eleição. “Sou ‘Ficha Limpa’ e estou na disputa. Os que pediram para adiar a eleição, sabem que estão derrotados”, disse, ao responder vaias de pessoas que estavam no plenário que seriam portariados mandados pelo prefeito Adailton Fúria para tumultuar a sessão.

No final, Pichek determinou, a partir desta terça-feira, 6, às 9h, sessões diárias no “plenarinho” do Legislativo para a realização da eleição ou até que a mesma seja judicializada (leia mais AQUI).

Sessão foi realizada no auditório do Teatro Municipal de Cacoal / Foto: Claudinei Sorce
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