Mais uma sessão tumultuada na Câmara de Cacoal / Foto: Gideao F. Silva

Apesar da pressão feita por parte de alguns vereadores durante toda a semana passada, com sessões diárias visando a eleição da nova Mesa Diretora para o biênio 2023/2024, que deveria ocorrer no início de dezembro, mais uma vez, a disputa política interna foi adiada na Câmara de Cacoal (leia mais AQUI, AQUI e AQUI).

Na sessão ordinária realizada na noite desta segunda-feira, 12, todos os parlamentares estiveram presentes, e a “lavagem de roupa suja” em plenário reapareceu como aconteceu na primeira sessão do mês tendo por objetivo a disputa pelo maior cargo do Poder Legislativo.

A eleição da nova Mesa Diretora estava confirmada na pauta da sessão, mas acabou não ocorrendo após um grupo de vereadores, que pertencem à base aliada do prefeito Adailton Fúria, ameaçar novamente se retirar do plenário, tal como fizeram na sessão da semana passada.

Contudo, a sessão que durou mais de três horas, foi marcada por acusações e ditas “manobras” que ocorrem nos bastidores da política local entre membros das duas chapas que disputam a eleição. Vereadores comentaram que o auditório do Teatro Municipal, local da sessão, foi tomada por servidores comissionados, que estariam lá por determinação do prefeito.

“Só quem está no cenário político sabe. Infelizmente, isso aqui é uma nojeira. Eu honro os votos que obtive nas urnas. Não negocio por portarias. Não negocio mandato para colocar esposa numa portaria. Eu não negocio minha família. Agora, tem vereador que, infelizmente, faz isso. E vem falar bonito aqui (na tribuna) que não participa de esquema. Deixa de demagogia. Hipócritas. Eu estou com a consciência tranquila que faço meu trabalho”, disse o presidente da Casa de Leis, João Pichek, que faz parte da chapa “Harmonia e independência continuam”, que tem o vereador Valdomiro Corá como presidente.

Já o vereador Luiz Fritz – que faz parte da chapa “Fidelidade e compromisso”, que tem o vereador Romeu Moreira na disputa ao cargo de presidente – ao ocupar a tribuna da Casa, fez sérias acusações contra Corá, por denúncias envolvendo a operação “Detalhe”, deflagrada em 2015, em suposto caso de corrupção que gerou polêmica em Cacoal. Fritz e demais membros da chapa “Fidelidade e compromisso” questionam a candidatura de Corá, que infringiria o princípio da moralidade administrativa.

Ao final dos discursos de todos os parlamentares, a eleição não aconteceu e a sessão foi encerrada.

“PAUTADO PELO REGIMENTO INTERNO”, DIZ PRESIDENTE

Na parte da manhã desta segunda-feira, João Pichek, presidente do Legislativo, divulgou “Nota Pública” esclarecendo os fatos envolvendo a eleição da Mesa Diretora, garantindo que “todos os seus atos relacionados a eleição da renovação da Mesa Diretora e das Comissões Permanentes da Câmara Municipal de Cacoal para o biênio 2023-2024, têm sido pautados pelo cumprimento do Regimento Interno, visando cumprir com os princípios da legalidade, segurança jurídica e transparência dos serviços públicos”.

 

>>> leia, abaixo, a nota na íntegra:

NOTA PUBLICA CAMARA DE CACOAL PICHEK

 

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