O dólar em queda em relação ao real segue pesando sobre os preços da soja no Brasil.
Nesta quinta-feira (12), os preços ficaram de estáveis a mais baixos, em geral, apesar da boa valorização observada na Bolsa de Chicago.
Alguns negócios foram realizados no dia. Os volumes, no entanto, foram baixos, em lotes limitados.
- Passo Fundo (RS): a saca de 60 quilos seguiu em R$ 183,00
- Região das Missões: a cotação estabilizou em R$ 182,00
- Porto de Rio Grande: o preço caiu de R$ 187,00 para R$ 185,00
- Cascavel (PR): o preço permaneceu em R$ 171,50
- Porto de Paranaguá (PR): a saca ficou em R$ 178,00
- Rondonópolis (MT): a saca baixou de R$ 170,00 para R$ 164,00
- Dourados (MS): a cotação se manteve em R$ 170,00
- Rio Verde (GO): a saca ficou estável em R$ 160,00
Soja em Chicago
Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a quinta-feira com preços mais altos. O mercado reagiu positivamente aos números do USDA. A perspectiva de menor safra na Argentina e o desempenho de outros mercados – alta do petróleo e baixa do petróleo – completaram o cenário altista.
O relatório de janeiro do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) indicou que a safra norte americana de soja deverá ficar em 4,276 bilhões de bushels em 2022/23, o equivalente a 116,4 milhões de toneladas. A produtividade foi indicada em 49,5 bushels por acre. Em dezembro, as previsões eram de 4,346 bilhões (118,3 milhões de t) e de 50,2 bu/acre, respectivamente. A previsão do mercado era de safra de 4,360 bilhões de bushels ou 118,66 milhões de toneladas.
Os estoques finais estão projetados em 210 milhões de bushels ou 5,71 milhões de toneladas, contra 220 milhões de bushels de dezembro – 5,99 milhões de toneladas. O mercado apostava em carryover de 236 milhões ou 6,42 milhões de toneladas. O USDA indicou esmagamento em 2,245 bilhões de bushels, sem alterações sobre dezembro. A exportação teve sua estimativa reduzida de 2,045 bilhões para 1,99 bilhão de bushel.
O USDA projetou safra mundial de soja em 2022/23 de 388 milhões de toneladas. Em dezembro, a projeção era de 391,17 milhões de toneladas. Os estoques finais estão estimados em 103,52 milhões de toneladas, contra 102,71 milhões de toneladas de dezembro. O mercado esperava por estoques finais de 101,9 milhões de toneladas.
A projeção do USDA aposta em safra americana de 116,4 milhões de toneladas, abaixo dos 118,3 milhões previstos em dezembro. A safra brasileira foi elevada de 152 milhões para 153 milhões de toneladas e a argentina cortada de 49,5 milhões para 45,5 milhões de toneladas.
A China deverá importar 96 milhões de toneladas, com corte de 2 milhões na comparação com o número de dezembro.
Os estoques trimestrais de soja em grão dos Estados Unidos, na posição 1o de dezembro, totalizaram 3,022 bilhões de bushels. Em igual período de 2021, o número era de 3,152 milhões de bushels. O número ficou abaixo da expectativa do mercado, de 3,145 milhões de bushels.
Contratos com entrega em março
Os contratos da soja em grão com entrega em março fecharam com alta de 25,50 centavos ou 1,7% a US$ 15,18 1/2 por bushel. A posição maio teve cotação de US$ 15,19 1/4 por bushel, com ganho de 22,75 centavos de dólar ou 1,52%.
Nos subprodutos, a posição março do farelo fechou com alta de US$ 6,70 ou 1,41% a US$ 481,30 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em março fecharam a 63,25 centavos de dólar, com ganho de 1,14 centavo ou 1,83%.
Câmbio
O dólar comercial encerrou a sessão em queda de 1,58%, sendo negociado a R$ 5,0990 para venda e a R$ 5,0970 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 5,0690 e a máxima de R$ 5,1830.