Humberto Lago

O país está passando por uma crise econômica. É impossível não falar dela! Os agentes econômicos são incapazes de alterar a curva descendente (produção, vendas e emprego).

Algumas fábricas estão fechando, outras estão demitindo parte de seus funcionários, num esforço para reduzir a oferta de produtos e serviços. A seguir virão férias coletivas, elevação do desemprego e redução do poder aquisitivo dos trabalhadores.

Gostaria de convidar o amigo (a) leitor (a), a refletir um pouco sobre as ações mais pertinentes na atual conjuntura. Nenhuma pessoa é detentora da verdade, nem do conhecimento do futuro. Entretanto, a discussão aberta sempre é bem-vinda e válida, oportuna e educadora.

Todos os gestores se perturbam com a crise, em especial os que produzem e comercializam  produtos e serviços não essenciais. Não há propaganda capaz de aumentar as vendas, nem redução de despesas capaz de fazer as organizações voltarem à lucratividade do ano passado. Há firmas que não possuem reservas financeiras para enfrentar as incertezas deste primeiro semestre/23.

Cada empresa tem uma estrutura contábil distinta; um grau de endividamento bancário; giro de estoques; índice de inadimplência; nível de perdas operacionais. Urge recalcular os principais indicadores gerenciais, para diferentes níveis de receitas. Urge sermos mais ágeis; aprimorar os controles internos; sermos mais criativos e eficientes.

É impossível tentar prever o comportamento do mercado; é impossível saber por quanto tempo durará a crise; nem se sua intensidade será pequena, média ou grande. As crises são ótimas para excluir produtos inviáveis ou de baixo giro.

Diante desse quadro, as empresas passam a reduzir suas margens, com o objetivo de diminuir a queda das receitas. Se a crise persistir, pode vir o momento em que o lucro deixa de ser algo mandatório para se tornar algo apenas desejável.

A bem da verdade, também deve ser dito que a chegada da crise é uma oportunidade de revisar criteriosamente as ineficiências operacionais; as perdas financeiras e o percentual dos juros pagos; identificação dos produtos que estão gerando prejuízos (por serem intensivos em mão de obra, em energia e custos abusivos de transporte/distribuição).

Aquelas que possuem elevadas despesas fixas, terão de fazer um sacrifício extra. Também é a ocasião propícia a conectar certos salários ao desempenho das vendas. Não descuidar de acompanhar a evolução de seu capital de giro pois ele é o oxigênio dos negócios.

Concluindo, gostaria de deixar um pensamento para nossos empresários: “Bem-vinda a crise porque ela elimina do mercado os incapazes, dá oportunidade aos ousados e valoriza os competentes!”

Pense nisso enquanto lhes digo até a semana que vem.

sicoob

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