Escola passou por limpeza e manutenção/Fotos: Diretora Fátima Azevedo

Somos sabedores de que a ausência de medidas ressocializadoras nos presídios fomenta a criminalidade, pois o apenado permanece ocioso em grande parte do tempo, não produzindo nada que irá trazer um retorno para a sociedade e ao próprio indivíduo, seja através do trabalho ou qualquer outra atividade que traga ao preso uma real oportunidade de transformar suas ações. E essa é a situação de todo o sistema penitenciário no Brasil de hoje.

Por isso quando surge uma ação que foge a esta regra e busca através de um projeto oferecer oportunidades aos detentos de cumprir sua pena e também produzirem alguma coisa útil para eles e para a sociedade em que estão inseridos, devemos divulgar, sendo assim fui convidado pela Diretora Fátima Azevedo da E.M.E.F. Marizeti Mendes de Oliveira para acompanhar de perto o serviço que estava sendo feito por alguns detentos que estão inseridos no projeto que tem a coordenação do Policial Penal Silvano Alves Pessoa.

A escola já há muito tempo estava necessitando de serviços de limpeza e manutenção em toda a sua extensa área verde externa e interna. As imensas arvores ao redor da quadra e na calçada externa da escola não eram podadas deste 2019 muitas já estavam com seus galhos quase tocando nos fios de alta tensão. Diante disso a Direção da escola ao receber a notícia de que a equipe coordenada pela Semosp, Semed e o projeto Semear e Ressocializar iriam até a escola, viu então a escola ser transformada pelo serviço dos detentos em fase de ressocialização.

A diretora juntamente com os servidores Jean, Clarice e Rosineide montaram uma força tarefa de forma que pudessem organizar a logística com café da manhã, almoço e café da tarde nos dias em que os detentos estavam executando os trabalhos na escola. Havia a possibilidade da Obras e Semed oferecerem aos detentos marmitas, porém logo após o café da manhã oferecido pela escola aos detentos que iriam trabalhar a equipe da escola optou por se reunir e juntar recursos e mão de obra de forma que fosse oferecido aos detentos uma comida caseira feita na hora e servida na panela e assim foi feito durante os dias em que ali estiveram trabalhando.

Essa ação da equipe da escola como disse dona Clarice foi uma forma de contribuir com o projeto e mostrar aos detentos, os quais na grande maioria era composto por jovens adolescentes, de que a escola reconhecia o trabalho de excelência que eles estavam desenvolvendo na limpeza e reparos da escola.

E a qualidade dos serviços feitos pelos mesmos pude constatar que tudo o que faziam era muito bem feito mesmo, não deixavam nada para traz quando entravam para limpar em um espaço em minutos o mesmo ficava limpo! Fizeram a poda dar árvores imensas que estavam sob o parquinho próximo a quadra, havia um grande risco dos galhos enormes caírem sob o parquinho, mas a confiança e a habilidade dos detentos que trabalham com a poda eram grande e realmente conseguiram fazer a poda dar árvores sem nenhum tronco ou galho cair no telhado do parquinho a Diretora Fátima por várias vezes conversou com o detento Marcos Vieira Borges responsável pela poda e elogiou muito a habilidade e competência com que ele conseguiu concluir a poda das árvores. Outro trabalho que a Servidora Rosineide não cansou de elogiar foram os dons do jovem César Silverio Alves dos Santos, chamado de Cezinha pelos colegas, ele pintou e desenhou um painel na entrada da escola e ainda fez reparos nas calhas da escola as quais há muito tempo estavam vazando e danificando todo o forro.

Enfim, a Diretora Fátima não poupou elogios ao policial penal Silvano pela sua ação a frente de um projeto com uma metodologia eficiente, que realmente regenera e leva dignidade ao apenado, que cumpre efetivamente uma das finalidades da pena, que é reinserir o egresso na sociedade. É preciso muita coragem para tomar a frente em um projeto desta extensão ”como educadora proativa na sociedade, tenho mais de 30 anos na Educação e sei que as condições dos presídios são alarmantes: pessoas vivendo em condições degradantes e desumanas, com celas superlotadas em ambientes deploráveis, ou seja, os presídios são verdadeiros “barris de pólvora”, a qualquer momento propenso a rebeliões e todo tipo de violência.

Este ambiente nunca será propicio para cumprir uma das finalidades da pena prevista em lei que é a ressocialização. Neste sentido o projeto chega até este ambiente oferecendo uma proposta para humanizar o sistema prisional, tratando o preso com dignidade e respeito, proporcionando o acesso ao trabalho, educação, saúde. Atuando assim para evitar que o indivíduo se enverede no caminho da criminalidade e permaneça no mesmo.

Abrem-se novas portas para àqueles que fazem parte deste projeto, quando eles deixam suas celas para irem ao trabalho estão também tendo acesso a novas profissões aprendendo novos ofícios e podem vislumbrar um novo recomeço para sua vida quando cumprirem sua pena.

Por isso todos que estiveram nesta ação na escola foram tratados pela escola como parceiros em prol do melhor pela Educação. Sendo eles: João Carlos, César Silverio, Luiz Davi, Severino Virgilio, Marcos Borges, Abraão dos Santos, Cleiton Silva, Valtair Pereira, Thiago Macedo, Luciano Soares, Marcelo Feitosa, Jhonatan dos Santos, Valque Mendes, Willian de Oliveira, Romário Pinho e Paulo Henrique receberam de todos que estava na escola um tratamento cordial e respeitoso pelo trabalho que faziam.

Assim como a escola ainda citou o nome de todos os policiais penais que estiveram acompanhando os detentos sendo: Cristina, Geovana, Sérgio, Davi, Uenas, Márcio, Leandro, Fábio e Edna estes também foram elogiados pela escola pela forma responsável e competente com que desenvolveram seu trabalho dentro e fora da escola.

Então está aqui mais um registro de um trabalho que por menor que seja traz à tona mais uma vez que, a finalidade da Prisão não é apenas prender+vigiar+punir, mas sim também cumprir a fase de ressocialização prevista na lei e sempre esquecida.

>>>Veja antes e depois:

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>>>Depois:

 

 

sicoob

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