A semana começou em Villena com o impacto da notícia do decreto de estado de emergência na Saúde, assinado pelo prefeito Flori Cordeiro de Miranda (PODE). A situação pegou a população de surpresa. E mais ainda os servidores.
Os comissionados da Saúde ficaram apreensivos por causa do decreto. Principalmente porque o prefeito decidiu repassar a gestão da pasta a uma instituição filantrópica, a Santa Casa de Caridade sediada em Xavantes (SP), que passa a ter critérios técnicos, e não políticos, para fazer contratações.
No Diário Oficial do Município desta sexta-feira, 27/1, houve a primeira “lapada”. O prefeito exonerou, de uma vez só, 209 servidores “portariados”. A medida, segundo Flori, faz parte de uma “estruturação natural”.
A decisão foi compartilhada pelo prefeito com o Comitê de Reestruturação e Monitoramento, presidido pelo próprio chefe do Executivo e composto pelo Conselho Municipal de Saude e representantes da Procuradoria Geral do Município e das secretarias de Saúde e de Assistência Social.
RECONTRATAÇÕES
A Santa Casa de Caridade, escolhida pelo prefeito para fazer a gestão da Saúde de Vilhena por um período experimental de seis meses, pretende recontratar servidores, mediante um processo seletivo. Alguns dos próprios exonerados poderão ser readmitidos.
Segundo nota da prefeitura, havia muitos funcionários comissionados desviados de função. “Enquanto isso, acumulou-se uma fila de 200 mil consultas de toda a região. Precisamos reorganizar tudo”, pontua o prefeito.
MAIS DEMISSÕES
Outros setores da administração estão apreensivos com possíveis “cortes” nos próximos dias. Desde que assumiu a prefeitura, há menos de um mês, o prefeito já exonerou 384 pessoas.
Durante a campanha, Flori prometeu que cortaria o máximo possível de comissionados, que somam cerca de 700. Mais da metade já “rodou”.
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DOV N 3663 – 27.01.2023