Foto: Extra de Rondônia

Quem passa pela rua, logo percebe as centenas de contêineres adquiridos no início do ano passado pela Prefeitura de Vilhena.

O material no pátio da antiga Cibrazém, área atualmente cedida ao SAAE (Serviço Autônomo de Água e Esgoto), nas proximidades do Posto Catarinense, às margens da BR-364.

Os contêineres comprados com recursos do Governo Federal na administração do prefeito Eduardo Japonês deveriam estar atendendo à comunidade. Mas houve uma “trapalhada” da gestão, segundo afirmou o diretor do SAAE, Eraldo Dal Posolo.

Por isso, as lixeiras tiveram que ser recolhidas das ruas depois de um ano sem serventia alguma. Elas custaram mais de R$ 3 milhões ao Governo da União e cerca de R$ 1 milhão para a prefeitura, somente com a limpeza mensal dos equipamentos.

Não há previsão para que os contêineres voltem a ser colocados para a utilização pública. Enquanto isso, ficam se desgastando no tempo. Dinheiro jogado fora, montante suficiente para reformar escolas ou adquirir outros equipamentos importantes para o município.

Há alguns dias, Eraldo do SAAE explicou ao Extra de Rondônia o seguinte:

Instalar os contêineres deveria ser a última etapa do projeto. Fizeram uma propaganda toda errada, infelizmente, sem obedecer as regras. Primeiro, são necessárias medidas como a construção de um galpão para reciclagem do lixo e a usina de compostagem.

Outra ação que deve preceder o retorno das contentores às ruas é o recuo das calçadas onde serão reinstalados. Do jeito que estavam dispostos, os contêineres atrapalhavam  o trânsito e ofereciam riscos de acidentes.

A prefeitura também não previu no Orçamento a limpeza periódica das lixeiras. A utilização de caminhões, produtos químicos e de pessoal  para garantir a higienização custou aos cofres públicos mais de R$ 110 mil por mês. Ou seja, houve um prejuízo de quase R$ 1 milhão de reais em nove meses, considerando a falta de efetividade da proposta — erro agora reconhecido, oficialmente.

A ideia anunciada era de que o projeto chamado “Separar para cuidar” garantiria a diminuição do volume de resíduos no aterro sanitário. “Mas como não há a separação aqui na cidade, a quantidade de lixo no aterro não foi alterada”.

Na usina, existe um sistema de separação dos tipos de luxo. Mas abrange apenas 2% do total de tudo o que é coletado em Vilhena. A administração municipal anunciava, na época, que a coleta iria garantir a seletividade na casa dos 30%, e que isso diminuiria muito o impacto ambiental.

sicoob

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