Um dos principais pontos turísticos e culturais de Porto Velho, o Memorial Rondon comemorou nesta semana 100 mil visitantes registrados.
O livro de controle de acesso ao local revela que uma mulher de Ariquemes (RO), Angélica Mariano, simbolizou a marca.
O administrador do memorial, sargento Antero Ribeiro, fez questão de fotografar o momento exato da “visita histórica”. Ele lembra que o local está aberto ao público há sete anos, mas que fechou durante a pandemia do coronavírus.
“Atendemos muita gente aqui, de várias partes do mundo”, ressalta Antero. Além de turistas, há visitas guiadas de estudantes ao local. Visitantes ilustres, como chefes de estado, diplomatas, artistas, escritores e personalidades já passaram por lá. Também foram gravadas inúmeras portagens para a internet e a TV.
O espaço abriga cerca de 400 peças relacionadas à biografia do marechal Cândido Mariano da Silva Rondon, sertanista que é o patrono do estado de Rondônia. O acervo formado de fotografias, artefatos, maquetes e documentos históricos é distribuído em cinco pavimentos horizontais e conta, também, com um mini-cinema e o telegráfico em condições de funcionamento.
A exposição permanente “Rondon O Marechal da Paz” foi montada pela empresa Memória Civelli, do Rio de Janeiro. A mesma que produziu o filme “Rio da Dúvida”, ainda não estreado em Rondônia, contando a saga de Rondon e o ex-presidente dos Estados Unidos, Theodore Roosevelt, ao atual estado rondoniense.
No mesmo terreno do memorial há outros atrativos: uma locomotiva da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré, o busto da cientista Emilie Snethlage [primeira mulher membro da Academia Brasileira de Ciências], o espaço dedicado à memória de Santo Antônio do Rio Madeira [foi o maior município em área da Terra, extinto em 1945] e até uma pequena ponte onde são colocados cadeados por casais apaixonados.
O Memorial Rondon foi construído com recursos de compensação ambiental transferidos pela usina Santo Antônio Energia. O investimento foi assegurado graças a articulações de vários órgãos públicos. Desde o início, a instituição é administrada pelo Governo do Estado em parceria com a 17ª BIS (Brigada de Infantaria de Selva).
Localizado a 7 km do centro de Porto Velho e próximo da tradicional Capela de Santo Antônio de Pádua [conhecida como Igrejinha] e às margens do Rio Madeira, o Memorial pede uma visita demorada. O turista poderá apreciar as belezas do entorno, inclusive avistar a colossal usina hidrelétrica do outro lado do rio. A entrada é franca, de terça a domingo, das 10h às 16h.