A Polícia Federal (PF) deflagrou na tarde desta terça-feira,07, a segunda fase da operação Red Floor, para combater os crimes de estupro de vulnerável, bem como os de produção e compartilhamento de materiais relacionados ao abuso sexual infantojuvenil.
A investigação batizada de operação Red Floor foi iniciada em dezembro de 2022 e foi deflagrada em janeiro deste ano, resultando na prisão de um homem de 21 anos que abusava sexualmente de seu primo há 3 anos, desde que ele tinha apenas dois anos de idade.
Com a perícia e análise dos dispositivos eletrônicos apreendidos, foram revelados centenas de arquivos contendo fotos e vídeos de bebês, crianças e adolescentes sendo abusados sexualmente, bem como foi possível identificar outro homem residente em Eunápolis na Bahia que trocava vídeos contendo pornografia infantojuvenil com o alvo da operação.
Com o aprofundamento e continuidade das investigações, foram encontradas conversas entre os abusadores, que combinavam as formas e detalhes dos estupros, como também discutiam maneiras de dopar as crianças com medicamentos e bebidas alcoólicas.
O alvo desta segunda fase da operação possuía grande influência nos atos praticados por seu coautor em Porto Velho, e determinava como, quando e onde os abusos deveriam ser cometidos, com a produção dos vídeos e por vezes, ao vivo através de vídeo-chamadas em aplicativos de trocas de mensagens.
Os Mandados de Busca e Apreensão e Prisão Preventiva foram exarados pela Vara de Proteção à Infância e Juventude de Porto Velho/RO, e cumpridos por policiais federais da Delegacia da Polícia Federal em Porto Seguro/BA.
Durante o cumprimento da medida, o homem foi flagrado armazenando pornografia infantojuvenil em seu aparelho celular, motivo pelo qual, também, foi preso em flagrante delito, conduzido em seguida para a Delegacia da Polícia Federal em Porto Seguro.
O suspeito será encaminhado ao presídio local, onde ficará à disposição da Justiça e responderá por estupro de vulnerável previsto no Código Penal, e pelos crimes de compartilhamento e armazenamento de materiais relacionados ao abuso sexual infantojuvenil previstos no Estatuto da Criança e do Adolescente, cujas penas somadas podem chegar a 33 anos de reclusão.
Os dispositivos eletrônicos apreendidos serão periciados e analisados pela PF em Rondônia, podendo revelar outros crimes praticados pelo investigado.