Geovanna Duarte Lima, aluna do 3º ano do IFRO-Campus Vilhena/Foto: Divulgação

Em razão do sistema socioeconômico brasileiro, a contínua desigualdade social torna-se um dos maiores agravantes a afetar a justiça social no país.

Logo, não há dúvidas a respeito da péssima distribuição de renda entre os cidadãos brasileiros, levando às terríveis condições de vida enfrentadas por famílias carentes, principalmente, a insegurança alimentar.

Em primeira instância, o modelo socioeconômico brasileiro, em vigor há séculos, concentra o poder aquisitivo nas mãos de poucas pessoas enquanto elevada porcentagem da população indaga sobre o que hão de comer. Observa-se tal situação no livro “Quarto de despejo” de Carolina Maria de Jesus, no qual explicita a desigualdade socioeconômico-racial em seu âmago – a falta de dinheiro que gera a exclusão e, consequentemente, a quase incapacidade de sair dessa situação de pobreza extrema, tornando-se um ciclo.

Em segunda instância, a realidade daqueles que não têm com o que se alimentar é a das mais excruciantes questões que devem ser extintas. Segundo pesquisas, comprovou-se que 55% população brasileira se encontra em condição de insegurança alimentar, em que, caso a pessoa não compareça ao dia de trabalho, não terá alimento com o qual se sustentar e por vezes nem “dar o de comer” à família.

Evidencia-se, portanto, que a falha provocada pelo sistema socioeconômico tem como consequência a má distribuição de renda e à incerteza alimentar de parte da população. Logo, cabe ao Poder Legislativo a criação/manutenção de leis que limitem a propriedade aquisitiva ou, de forma mais realista, que levem o lucro produzido pelo país de forma suficientemente igualitária a todos os habitantes em situação de vulnerabilidade de modo que a insegurança alimentar seja inibida. Da mesma forma, enquanto não existam programas capazes de reverter o quadro de desigualdade, cabe às ONGs e sociedade civil continuar a realizar serviços paliativos, como distribuição de benefícios e alimentos, com o objetivo de amenizar, mesmo que de forma momentânea,  a fome cruel que ainda persiste na realidade de milhões de brasileiros.

*Texto criado no projeto Oficina de Textos – edição 2023.

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