Prefeito foi sabatinado por servidores municipais em Vilhena / Foto: Divulgação

Apesar de não ter tido um resultado, por ora, positivo, o presidente do Sindicato dos servidores Municipais do Cone Sul de Rondônia (Sindsul), Wanderley Ricardo Campos, classificou como positivo o dia de paralisação da classe do magistério que aconteceu na manhã desta terça-feira, 23, em Vilhena.

O grupo reivindica a aplicação do Piso Salarial que prevê reajuste de 14,95% nos salários e teve forte adesão por parte dos servidores municipais.

Munidos com faixas e cartazes o grupo se reuniu na sede do Sindsul e depois seguiu para a Câmara de Vereadores, onde sete dos edis estavam presentes, todos deram total apoio ao movimento.

Depois, o grupo seguiu para o paço municipal, onde convidou o prefeito a dar explicações sobre o não cumprimento da lei federal.

O grupo retornou à Câmara de Vereadores onde discorreu a tentativa por parte do mandatário, assim como do secretário de educação, Flávio de Jesus e representantes da Folha de Pagamento, para o não reajuste. O discurso é o mesmo passado a diretoria do Sindicato semanas atrás: “com os recursos que temos não é possível”.

O prefeito chegou a dizer que diante dos números, se os professores tivessem alguma solução, que ela fosse apresentada. Uma servidora lembrou que ele é quem foi eleito para tal.

Com os ânimos mais calmos, a reunião, em forma de assembleia, seguiu sem trazer uma solução prática do problema. Os números do índice de Folha que eram de 54%, baixou para cerca de 46%, que segundo a administração, mesmo assim, ainda não é possível.

SINDSUL 

Servidores estavam munidos com faixas e cartazes / Foto: Divulgação

Segundo Wanderley Ricardo, presidente do Sindsul, o saldo positivo do dia é que a administração viu o tamanho e a união dos servidores. “Temos aqui 80% dos servidores do magistério. No mínimo, a administração precisa pensar numa solução rápida para aplicação do Piso e não somos nós quem temos que fazer isso. Nosso papel, enquanto sindicalistas, é cobrar que a lei seja aplicada e disso não vamos abrir mão de forma alguma”, garantiu o presidente.

Para a diretoria, a paralisação serve como régua para se medir o quão grave seria para o município uma greve da categoria.

PRÓXIMOS PASSOS

De acordo com Wanderley, o próximo passo é aguardar os números oficiais (que inclusive serão apresentados em Audiência Pública), visto que os vereadores já solicitaram, via ofício, uma cópia desses números, dos quais o Sindsul também terá acesso. A audiência deve acontecer no dia 31 de maio.

“Com os números em mãos, iremos analisar com calma e convocaremos os servidores para tomar conhecimento. São eles quem decidem os passos do Sindicato. Peço que fiquem atentos aos grupos e avisos do Sindicato. Essa luta apenas começou”, declarou Wanderley.

 

sicoob

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