A região é rica e tem muitas propriedades rurais / Foto: Júlio Olivar

A comunidade de Marco Rondon, que faz parte do município de Pimenta Bueno (RO), foi projetada para ser uma cidade, isso ainda na década de 1960, quando o DNER chegou à região e traçou a rodovia.

Na época, surgiram diversos arraiais que se tornaram cidades ao longo da BR-29 (atual 364), inaugurada naquele ano. No Google, não há informações sobre a história do bairro.

O Extra de Rondônia publicou uma matéria valorizando a história esquecida, trazendo à tona informações sobre sua formação, com mais de 60 anos, falando como tudo começou, os conflitos com indígenas e a ocupação das suas terras pelos desbravadores da região. E entrevistou uma antiga moradora da vila (leia mais AQUI).

Contudo, moradores não gostaram de uma expressão usada no texto sobre a história local: “cidade-fantasma”. Em um grupo de WhatsApp, alguns protestaram e acionaram um vereador, Oziel Almeida, de Pimenta Bueno, que entrou em contato com a redação do Extra de Rondônia. Em apoio à comunidade, o parlamentar destacou que as pessoas se sentiram ofendidas.

Alguns moradores mais alterados disseram que a veiculação do texto estaria “metendo o pau” em Marco Rondon. O que, na verdade, não aconteceu.

A matéria falou que a região é rica em agropecuária, que tem uma natureza bonita, pessoas trabalhadoras que vivem em comunidade e segurança, a ponto de as casas nem terem cerca, pois todos vivem tranquilamente e em harmonia.

O que a crônica mencionou como “cidade-fantasma” refere-se à antiga vila, que não virou cidade, que ficou na intenção, como está claro no texto. Não há como mudar e nem apagar a história. Pimenta Bueno e Vilhena surgiram na mesma época e são cidades. É sobre isso.

Vários professores de história mandaram mensagens admirando o texto e interessados em conhecer o Marco Rondon, pelo aspecto até arqueológico da “descoberta”, pois o lugar não aparece na imprensa estadual.

A matéria falou especificamente sobre antiga vila, onde Osmar Costa teve a farmácia “Marajó”, que foi a primeira da região, e onde havia um hotel, em estado de abandono hoje em dia.

Também destacou que o lugar está esquecido pelo Governo federal, pois as duas placas às margens da BR-364 estão caídas e com a escrita errada: “Marcon Rondon”, o que comprova o citado desdém. A tentativa do texto foi de dizer que é preciso mais cuidado e amor com o lugar, por parte do governo.

Lógico que a matéria teve o objetivo de chamar a atenção para que todos respeitem Marco Rondon, que é parte da História de Rondônia e não pode ser esquecido e nem desprezado.

O texto veiculado não entrou em detalhes sobre sítios, chácaras e fazendas que existem na região, movimentando a economia. Um morador comentou no aplicativo de mensagens que a região é muito rica, e disso não duvidamos. Além de tudo, tem uma população simpática e receptiva, como foi dito na redação.

Algumas pessoas de Marco Rondon entraram em contato com o Extra de Rondônia de forma respeitosa, inclusive o vereador Oziel foi gentil e apenas manifestou preocupação que a matéria pudesse trazer mal-entendidos. Tudo ficou esclarecido.

O EXTRA se compromete a fazer, em outra ocasião, outra matéria, visitando novamente o Marco Rondon, a 125 km de Vilhena, para conversar com mais pessoas e destacar questões que os moradores queiram mencionar sobre o bairro, pois o interesse do jornal não é, jamais, o de criar conflitos.

A história é importante e faz parte da Educação e da Cultura. Apesar de não terem gostado da expressão “cidade-fantasma”, todo o restante da matéria é o que de fato aconteceu quando do surgimento do Marco Rondon. “Cidade-fantasma” é só uma força de expressão, lógico. É um ditado popular. Não há ofensa nisso, mas retiramos isso, que não tem relevância no contexto.

O local não avançou como cidade, mas isso não o diminui em sua importância atual, como um bairro rural: produz muito e tem um povo digno de todo o respeito. E que fique claro: o bairro de Marco Rondon não é um bairro-fantasma e nem mal-assombrado; é vivo, alegre, produtivo e de pessoas honradas.

A matéria veiculada pelo EXTRA foi importante porque os moradores se manifestaram e mostraram o amor que todos têm pela localidade, e isso foi muito positivo. Foi uma oportunidade deles também conhecerem mais da história e verem que Marco Rondon é parte da História da Ocupação da Amazônia.

Brevemente, os moradores poderão mostrar também como vão as coisas hoje em dia no EXTRA, um dos sites mais acessados do Estado. Estamos à disposição. O site Extra de Rondônia valoriza Marco Rondon e todas as comunidades urbanas e rurais e quer dar voz a elas, falar de suas histórias e como são hoje.

sicoob

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