O projeto apresentado pela vereadora Clérida Alves (Avante) ao plenário da Câmara de Vereadores de Vilhena na sessão desta terça-feira, 1º, o qual vetava o lançamento de novos loteamentos privados na cidade pelos próximos seis anos, não foi discutido e votado em regime de urgência conforme a parlamentar havia requerido.
Entretanto, colegas da vereadora destacaram a importância do assunto e a parabenizaram pela propositura que permitirá a realização de debate profundo acerca da questão, visando o desenvolvimento organizado do perímetro urbano vilhenense.
O tema vem sendo discutido nas esferas oficiais devido a intervenção do Ministério Público, que manifestou preocupação quanto ao crescimento horizontal desordenado da cidade, com a criação de novas frentes de ocupação enquanto há muitos terrenos vazios até mesmo nos bairros mais antigos e na região central.
Informações dão conta que há cerca de 18 mil terrenos urbanos vagos na cidade, fato que justifica a tomada de posicionamentos quanto a questão por parte do poder público a fim de evitar especulação imobiliária e a criação de polo populacionais distantes de equipamentos públicos, o que gera problemas para a oferta de escolas, unidades de saúde, transporte e outras necessidades básicas.
Por outro lado, há o argumento de que simplesmente proibir sem um debate com todos os setores da comunidade é precipitado, uma vez que também entram na equação aspectos como o mercado da construção civil e geração de empregos, apenas para citar dois deles.
Diante disso o Plenário rejeitou a urgência da votação da matéria, mas os vereadores que usaram a palavra para comentar o projeto ressaltaram a relevância do tema e a iniciativa da vereadora Clérida em lançar o assunto no Legislativo para devida discussão.