Um imbróglio envolvendo a Energisa poderá impactar diretamente moradores da rua 5206, do bairro Cidade Nova em Vilhena, que correm o risco de ficarem sem o tão sonhado asfalto.
A confusão ocorre por conta de nove postes que estão literalmente no meio da rua.
O problema foi detectado a cerca de 90 dias quando a empreiteira Bonetti, iniciou o trabalho de terraplanagem no bairro Cidade Nova.
Conforme a engenheira Daiane Araújo, são nove postes que estão sobre a via e que precisam serem recuados para a calçada. “No começo, a gente fez vários estudos para ver o que daria para ser feito sem precisar remover os postes, mas não teve jeito”.
Entre as alternativas estudadas pela a empresa seria diminuir a largura da rua, passando de 6,10 metros para 5,10 metros. No entanto, essa possibilidade se mostrou inviável, já que a redução do logradouro comprometeria o trânsito na localidade.
Após a prefeitura ser comunicada, o executivo municipal entrou em contato com a Energisa, pedindo que fosse feito o recuo dos postes. O próprio prefeito Flori Cordeiro, acompanhado do secretário de obras Laércio Torres, estiveram na concessionária fazendo a solicitação.
Mesmo pagando as despesas da operação, cerca de R$ 18 mil, a prefeitura foi orientada a abrir um processo interno para que o serviço fosse realizado. Posterior à abertura do protocolo, um técnico da Energisa esteve no bairro para verificar in loco a situação, no entanto, a concessionária informou que levaria no mínimo 120 dias para fazer as readequações.
O tempo estipulado pela concessionária adia a conclusão do asfalto na rua 5206 para o ano que vem, já que a empreiteira deu início nesta semana ao processo de imprimação do asfalto nas demais ruas do bairro.
A burocracia da Energisa e a real possibilidade de adiar o sonho de ter o asfalto, na porta de casa, tem provocado a indignação dos moradores da rua afetada. É o caso da estudante de enfermagem Jihani Caetano Romano, que mora no bairro há 9 anos. “É frustrante ver o descaso, a prefeitura está fazendo o que pode para agilizar essa situação. Porém a Energisa, como sempre, toda vez que é pra fazer alguma coisa para o consumidor ela age com muito marasmo”.
Moradores de outras vias também serão prejudicados, já que as ruas que cruzam com a 5206 ficaram alguns metros sem asfalto por conta do encaixe que precisa ser feito nos cruzamentos. O empresário Reginaldo Gonçalves Valadares, é um desses casos. “É o sonho de todo mundo do bairro. O benefício do asfalto é qualidade de vida, minhas filhas e minha esposa têm renite alérgica e nessa época de poeira elas sofrem muito”, relatou.
Esgotadas as possibilidades de diálogo, informações extraoficiais, sugerem que a prefeitura poderá ir à justiça para dar celeridade ao caso.
A reportagem entrou e contato com a assessoria da Energisa mas até o fechamento desta matéria não obteve retorno.