Há poucos dias o Brasil recebeu a visita de uma missão de empresários e integrantes do governo da Arábia Saudita (uma das nações mais ricas do mundo; maior exportador mundial de petróleo), visando intensificar os laços comerciais dos dois países.
A missão tinha, entre outros objetivos, assegurar sua segurança alimentar da Arábia Saudita, mediante acordos e investimentos no Brasil (proteína animal).
Por outro lado, o perfil político e social de nosso país foi previamente analisado por eles, constatando-se que o Brasil não tem disputas militares nas fronteiras e não participou de guerras nas últimas décadas, sendo, portanto, um povo pacífico.
Às vezes nos esquecemos de algumas de nossas virtudes, as quais, no entanto, são notadas por outras nações.
Gostaria de discutir com o amigo (a) leitor (a) a função do empresário, no crescimento econômico do país. Somos um país tão jovem e, ao mesmo tempo, tão mutável. Isso é muito prejudicial para a atividade econômica e nosso desenvolvimento.
Nossa constituição (1988) já sofreu 128 emendas, desde então. O atual governo já está contando com emendas adicionais. Não é fácil ser um empreendedor por aqui. Nem todos estão dispostos a enfrentar tais desafios.
O conceito de empresário foi introduzido no francês, Entrepreneur no século XVIII por Richard Cantillon. O empresário era definido como um comerciante que age em condições de incerteza, um especulador que arrisca sob despesas conhecidas e lucros incertos, por não poder conjecturar a procura (pressupor, presumir). Jean B. Say acrescentou à função empresarial os atributos de coordenação e supervisão.
Nesse período, o empresário era exclusivamente um agente econômico, capaz de dinamizar a economia pelas suas capacidades de articular os recursos naturais com os processos produtivos e de especular sobre os preços e produtos. Posteriormente, A Smith, D Ricardo e A Marshall redefiniram o empresário, passando-o para um papel essencialmente no interior da empresa, retirando do conceito as implicações das suas ações para o crescimento econômico.
Empresário é um termo de amplo significado, relacionado a empresas, cujo significado tem evoluído e se modificado ao longo dos tempos. Joseph Schumpeter (economista austríaco, 1883 a 1950), desenvolveu ao longo do século XX uma definição que o descreve como empreendedor, alguém movido pelo lucro, assumindo uma função de liderança econômica, constituindo-se como um agente de mudança e renovação.
Em 2022 o Brasil se tornou o maior produtor e exportador mundial de celulose, desbancando o Canadá dessa posição. Deve ser ressaltado que em 2022 nosso país produziu 25 milhões de toneladas de celulose, das quais exportou 19 milhões de toneladas, ou seja, 76%!
Deve ser creditado aos empresários esse êxito extraordinário. Admiro e valorizo esse ímpeto empreendedor; minha fé e energia se renovam; concluo que devemos valorizar sua capacidade e iniciativas, sua liderança e resultados. O Criador concedeu-nos recursos naturais marcantes, que gerarão avanços econômicos e sociais. Pense nisso enquanto lhes digo até a semana que vem.
