A criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na gestão do prefeito Flori Cordeiro (Podemos) ganhou força na manhã desta terça-feira, 15, na sessão ordinária na Câmara de Vilhena.
A queda de braço entre o prefeito e os servidores municipais do Magistério devido à não aplicabilidade do piso nacional, amparado por lei federal, que resultou em greve dos servidores, está tendo reflexos na sociedade.
No Legislativo, o caso repercutiu fortemente com críticas contra Flori, e sobrou, ainda, para o vice-prefeito, Aparecido Donadoni (PP) e o secretário municipal de Educação, Flavio de Jesus.
De acordo com os parlamentares, Flori não quer entendimento com o movimento grevista, Donadoni chamou servidores de “açougueiros” e o Jesus não visita as escolas para saber a real situação das unidades escolares (leia mais AQUI).
Ao usar a tribuna do Legislativo, inicialmente, vereador Ronildo Macedo (Podemos), comentou as declarações do vice-prefeito. “Foi uma fala lamentável, principalmente, contra aqueles servidores e profissionais que nos ajudaram e lutaram durante a pandemia. De boca fechada, ele é um ótimo político”, disse.
Já sobre o titular da Semed, Macedo afirmou que “nosso secretário foi em três escolas em oito meses de gestão. Já pensaram? Conheço todas as estruturas das nossas escolas municipais e, infelizmente, estão um caos. Quero dizer ao secretário que ele não resolve nada naquela secretaria e só pensa em fazer o mal para o servidor”.
Sobre Flori, Macedo desabafou: “ouvi o discurso do prefeito no primeiro dia aqui na tribuna desta Casa de Leis, já criticando a classe política, falando que a maioria era bandido e até agora só vi ele com falácias e nada de bom. Prefeito tem que trabalhar e resolver problemas do nosso município e não ficar jogando responsabilidade para outros”.
Macedo também sugeriu que o Legislativo trave os projetos do Executivo como forma de o prefeito sentar para dialogar com os educadores. “O cargo mais importante do Município não é do prefeito e sim do presidente da Câmara. Então, quero sugerir que todas as pautas enviadas pelo Executivo a esta Casa de Leis, sejam travadas até que resolva esse impasse. Não vejo outra saída. Não existe diálogo. E se tiver que abrir uma CPI e for para cassar, nós vamos cassar o mandato sim. Meu voto é favorável. Se juntar a Educação e Saúde, já tem muita coisa errada aí”, completou.
Por sua vez, a vereadora Vivian Repessold, segurando um cartaz de “CPI JÁ”, disse que não há outra alternativa para o caso. “Tenho quase certeza que, realmente, a CPI não tem mais jeito. Caso não aconteça a reunião hoje, vou fazer um requerimento e entrar com pedido de CPI. E peço ao senhor presidente que também faça isso com a Saúde, porque aí si teremos certeza para onde está indo o dinheiro da Educação”, alertou.