A prolongada crise das perícias médicas no Cone Sul de Rondônia persiste, causando grande inquietação entre os cidadãos.
Um mês após a reunião entre a Deputada Rosangela Donadon (União Brasil) e Saulo Macêdo, gerente geral executivo do INSS, a situação parece longe de uma solução.
A deputada não apenas reforça sua crítica, mas também exige um posicionamento claro e resolutivo da direção-geral do INSS.
Vilhena e as cidades circunvizinhas enfrentam uma aguda escassez de médicos peritos, resultando em atrasos significativos na concessão de benefícios previdenciários. A Deputada Rosangela Donadon revelou que a população do Cone Sul, em muitos casos, entra em uma fila de espera que ultrapassa o período de um ano para realizar perícias na cidade de Cacoal.
Para agravar, há situações onde a opção oferecida é Porto Velho, que, apesar de poder ser um pouco mais rápida, está localizada a mais de 700 km de distância, causando um leque de transtornos logísticos e financeiros. Há registros de pessoas que, partindo de Vilhena, foram direcionadas a realizar a perícia na cidade de Guajará-Mirim, aumentando ainda mais a distância e os desafios associados.
Neste mês de setembro, por ordem da Deputada Rosangela Donadon, sua equipe jurídica encontra-se em processo de elaboração de um ofício. Este documento visa explicitar com profundidade todas as complexidades e adversidades enfrentadas pela população da região em relação à escassez de perícias médicas. O INSS será oficialmente notificado no início de outubro. A Deputada, comprometida com a causa, também buscará apoio em Brasília, intensificando os esforços para encontrar uma solução viável e rápida para essa problemática.
Os transtornos incluem gastos elevados com transporte e hospedagem, dias de trabalho perdidos e o desgaste físico e emocional associado a longas viagens. Um grupo particularmente afetado por essa situação é o de crianças com invalidez, como as crianças atípicas. Muitos pais e responsáveis, especialmente as mães, encontram-se impossibilitados de trabalhar regularmente, ao dedicarem grande parte de seu tempo ao cuidado dessas crianças. A ausência de perícias e consequente demora na concessão do benefício intensifica a pressão e os desafios enfrentados por essas famílias.
“É um absurdo que a população de Vilhena e do Cone Sul do estado esteja sendo tão prejudicada. A falta de perícias impacta diretamente na qualidade de vida das pessoas. Muitos dependem dessas avaliações para garantir seu sustento e os cuidados médicos necessários,” declarou a deputada Rosangela Donadon.
Com a urgência da situação bem estabelecida, a população e os beneficiários do INSS aguardam com impaciência por uma resolução que vise garantir seus direitos e bem-estar.