A maior fonte de água doce do mundo está localizada na Amazônia, sendo que ela ocupa mais de 60% do território brasileiro. O volume total de água chega a impressionantes 162 mil quilômetros cúbicos, um verdadeiro mar subterrâneo na maior floreta tropical do mundo.
Com tanta fartura, é inimaginável pensar que poderia faltar água, mas é o que está acontecendo em Espigão do Oeste (RO), município que tem 29.397 habitantes, conforme censo do IBGE divulgado em 2023.
Devido as altas temperaturas, dos últimos meses, aliada a pouca chuva que não é comum para essa época do ano na região, fez com que o manancial do rio Palmeiras, a única fonte de água do município secasse.
Nas redes sociais, Lauro Fernandes, diretor técnico operacional da Companhia de Águas e Esgotos de Rondônia (Caerd), revelou que os equipamentos para a captação de água tiveram que ser desligados.
A reportagem do Extra de Rondônia, por telefone, entrevistou o prefeito de Espigão do Oeste, Welinton Pereira Campos, que confirmou que devido a situação inédita que o município enfrenta, decretou estado de calamidade pública.
Conforme o mandatário, foi muito brusca a constatação de interrupção. “Que o rio estava em dificuldades, todo mundo já sabia, porém, quando passa os meses de julho e agosto, a gente se tranquiliza, porque no mês de setembro já começa a chover e tudo se normaliza, mas esse ano não foi assim”, declarou.
Para tentar minimizar a situação de desabastecimento, de água potável, o prefeito confirmou que ele e sua equipe estão tentam buscar ajuda nos municípios vizinhos. Além disso, destacou que algumas ações estão sendo desenvolvidas no leito do rio para, caso chova, represar um pouco de água.
Outra medida revelada à reportagem pelo prefeito, é a tentativa de drenar água de represas próximas a área urbana do munícipio. “São medidas imediatas, que não vão resolver a situação de forma definitiva, vai amenizar, até que chova”, pontuou o prefeito Welinton Pereira.
Ainda conforme o prefeito, estudos anteriores apontam que o município não tem lençol freático com abundância, o que impede a perfuração de poços artesianos.
Além de afetar os moradores, a falta de água está afetando a criação de animais, produção de leita e plantações do município.