Humberto Lago

A atual conjuntura econômica do país, para todas as empresas, é adversa e preocupante, porque no início do ano que vem (2024), deveremos ter uma reforma tributária, incluindo a criação do IVA (imposto sobre valor agregado).

Esta reforma, por si só, traz mudanças expressivas na carga tributária das empresas, nas margens operacionais e sobretudo no preço final ao consumidor (pois a alíquota do IVA ainda não foi definida).

Portanto, essa situação traz consigo, como é natural, uma ansiedade e insegurança a todos, quer aqueles que estão trabalhando na indústria, comércio ou prestação de serviço. Os preços finais ao consumidor irão mudar, sem sabermos em que intensidade. Há também um certo temor pela elevação da taxa de inflação, especialmente no começo desse processo.

A atividade econômica traz consigo desafios a todo momento. Pode ocorrer que esses desafios se transformem em crises internas, se decisões insensatas ou incorretas forem tomadas. Contudo, os empresários costumam enfrentar e vencer esses desafios, porque fazem parte de suas atribuições profissionais.

Tomo a liberdade de listar a seguir, alguns dos maiores e mais frequentes desafios de nossos diretores, administradores e gerentes: Enfrentar déficits mensais; possuir uma má gestão; falta de comprometimento com o planejamento operacional; ter uma visão incorreta dos negócios; ter um ponto de equilíbrio incompatível; ser incapaz de acompanhar o desempenho dos concorrentes; ter um endividamento exorbitante e custos financeiros abusivos; falta de austeridade no controle das despesas; e não gerar um retorno apropriado aos investidores.

Em outras palavras, tudo isso se resume no seguinte: Ausência de valores gerenciais! Quando você define e implanta um conjunto de Valores Operacionais, toda a organização é conduzida a caminhar nessa direção; a ser orientada para resultados; a observar padrões econômicos e financeiros. A ausência de valores gerenciais é inaceitável e inconcebível para as organizações modernas, sejam elas grandes, médias ou pequenas.

Ir de encontro às práticas e regras do mercado é irracional e temerário. E quando isso ocorre, cedo ou tarde as consequências desse procedimento baterão à porta de sua empresa requisitando ajustes internos.

Quando o estado aceita naturalmente déficits nas finanças; quando ele se nega a diminuir as despesas, isso constitui um ataque frontal aos princípios econômicos fundamentais do mundo capitalista. Essas são posturas próprias de países socialistas e de regimes ditatoriais. O montante das despesas de uma nação deve se sujeitar ao limite das receitas. As principais nações do mundo respeitam essas regras, porque são coerentes, sábias e eficientes.

Aumentar as receitas mensais, com impostos maiores, apenas para custear gastos mensais, é um passo decisivo para a instalação do caos econômico e social. Que estejamos atentos para prevenir o país de decisões incompatíveis como sua natureza democrática e republicana. Pense nisso enquanto lhes digo até a semana que vem.

sicoob

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