Emanoel Soares de Souza, de 39 anos, que estava cumprindo pena no presídio de segurança máxima Cone Sul, faleceu no último domingo, dia 25, devido à tuberculose. Ele estava internado no Hospital Regional de Vilhena, e seu corpo foi transladado para Porto Velho, onde foi velado e sepultado.
Segundo informações obtidas pela equipe do Extra de Rondônia, Emanoel fazia parte do projeto “Semear e Ressocializar” quando adoeceu. Seu estado de saúde deteriorou rapidamente, levando à sua internação no Hospital Regional, onde exames preliminares indicaram tuberculose como causa do seu mal, porém ele não resistiu e veio a óbito.
Familiares de outros detentos que compartilhavam a cela com Emanoel e trabalhavam com ele no projeto “Semear e Ressocializar” entraram em contato com a redação do Extra de Rondônia, expressando preocupação com a saúde dos detentos e de qualquer pessoa que possa ter tido contato com ele, considerando a natureza contagiosa da tuberculose.
Em resposta aos acontecimentos, o Extra de Rondônia procurou W. Pedral, diretor interino do presídio Cone Sul, que afirmou que Emanoel recebeu todos os cuidados necessários assim que adoeceu, tanto da equipe de enfermagem do presídio quanto dos profissionais da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e do Hospital Regional.
Pedral também declarou que, após o diagnóstico de tuberculose em Emanoel, o projeto “Semear e Ressocializar” foi suspenso até que todos que tiveram contato com ele sejam testados, e solicitou aos familiares dos presos da cela (E) onde ele estava que procurem as unidades de saúde para passar pelo médico e se preciso fazer os exames necessários. Ele assegurou que todas as medidas necessárias estão sendo tomadas para lidar com a situação, e pediu calma aos familiares dos detentos, afirmando que não há motivo para pânico.
A tuberculose é uma doença devastadora que, apesar dos avanços médicos, continua a ceifar vidas, especialmente em ambientes com condições precárias de saúde e higiene, como é frequentemente o caso em instituições prisionais. Esta tragédia ressalta a urgente necessidade de melhorias nas condições de saúde dentro desses estabelecimentos, com políticas eficazes de prevenção, diagnóstico e tratamento de doenças infecciosas, garantindo o direito à saúde e à dignidade dos indivíduos sob custódia do Estado.
Além disso, é crucial promover a conscientização e educação sobre saúde entre os detentos, fornecendo informações e recursos necessários para que possam proteger-se e buscar assistência médica quando necessário.
Sobre a doença, a tuberculose é transmitida pelo ar, através da inalação de aerossóis contendo bacilos. O tratamento é longo e envolve o uso de vários antibióticos, especialmente para pacientes com sintomas manifestos, enquanto que pacientes assintomáticos podem não necessitar de tratamento.