Foto: Assessoria

A queda na produtividade, os elevados custos de produção e a renegociação de dívidas rurais foram as principais pautas de uma reunião promovida pelo senador Jaime Bagattoli (PL) na última sexta-feira (8).

Vice-presidente da Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA), Jaime lembrou que os últimos prognósticos para o setor produtivo são preocupantes e demandam, o quanto antes, uma resposta mais firme por parte dos governos.

“O que a gente enxerga hoje é que o produtor rural está de joelhos neste país. A situação é ainda mais grave aqui na região Norte, onde não bastassem os altos custos de produção e a dificuldade de escoamento, agora precisamos lidar também com os impactos que os embargos ambientais estão tendo na renegociação de débitos e empréstimos junto aos bancos e cooperativas. Um cenário que parece não preocupar os atuais governantes”, declarou o senador.

A reunião, que aconteceu na sede do Sistema OCB Rondônia, em Porto Velho, teve a presença de representantes de bancos públicos, cooperativas de crédito, entidades do setor produtivo, além de empresários e produtores rurais. Entre as instituições bancárias, o temor é de que os recentes embargos ambientais, promovidos pelo Ibama, impeçam muitos produtores rurais de quitarem suas renegociações.

“Os produtores rurais, em sua maioria, são bem comprometidos em quitar os seus empréstimos, mas a questão dos embargos ambientais tem afetado muito esse comportamento. E Rondônia é, de longe, um dos estados mais afetados. É preciso que o Governo e a bancada ruralista no Congresso se movimentem para apresentar medidas e soluções urgentes”, defendeu Valdecir Tose, superintendente do Banco da Amazônia.

Para todos os presentes a saída é uma só: investir, o quanto antes, em mais apoio à regularização fundiária na região. “O que a gente viu e ainda vê nos dias de hoje é uma inércia dos governos quando o assunto é regularização fundiária. Enquanto isso, os custos da produção rural se mantiveram e vemos que as receitas públicas não estão indo para onde é mais preciso”, declarou Adélio Barofaldi, CEO do Grupo Rovema.

Enquanto isso, o cooperativismo tem se mostrado, nos últimos anos, uma das saídas para os produtores rurais, mas até esse tipo de instituição não tem ficado alheia aos efeitos de uma eventual quebra de safra, causada pelos embargos ambientais.

“O cooperativismo sempre se revelou a força propulsora do desenvolvimento da nossa região e sigo acreditando que vai continuar contribuindo para um futuro mais próspero para Rondônia, apesar de viver hoje uma situação mais delicada que os bancos. É preciso uma resposta urgente” , concluiu Salatiel Rodrigues, presidente do Sistema OCB-RO.

sicoob

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