As empresas integrantes do IBOVESPA costumam publicar regularmente seus balancetes trimestrais e balanços anuais. Anteriormente, a administração delas já havia feito previsões e metas para o ano corrente, comunicando-as aos investidores e mercado.
Dessa forma, os acionistas, analistas de mercado, instituições financeiras e demais interessados poderiam: 1.-Comparar os números do balanço com as projeções anteriores; 2.-Dispor de um parâmetro para avaliar o desempenho da administração; e 3.-Formar um juízo de seu desempenho; examinar a evolução das receitas e lucros; desenvolver perspectivas futuras para o negócio.
As firmas listadas na bolsa valores devem ter suas demonstrações contábeis analisadas e certificadas por consultorias externas, de maneira sistemática, dando uma transparência maior do desempenho operacional e financeiro.
Estou aguardando para hoje, a publicação do balanço do ano de 2023 de uma das grandes empresas nacionais. No meu entendimento pessoal, os números têm vida própria; eles falam, advertem e até clamam; eles indicam se o crescimento das vendas se refletiu ou não nos resultados; declaram se houve crescimento real (ou não) dos negócios; se os indicadores econômico financeiros melhoram ou pioraram…
Poucas pessoas tem a capacidade de ler e interpretar balanços; um número menor está habilitado a analisar o desempenho da gestão (a partir dos balanços publicados). Se tiver interesse no assunto, envolva seu contador, o qual está preparado para isso. As bolsas de valores, com suas regras, inspeções e metodologia técnica, servem para, entre outras coisas, fornecer informações técnicas, independentes e seguras, facilitando assim a tomada de decisões dos investidores.
Os números identificam a performance da gestão. Os acionistas têm o direto de se agradar ou não, com os resultados entregues e com o desempenho da gestão. As vezes os resultados nos surpreendem porque foram além do que esperávamos; outras vezes eles nos desapontam porque ficaram aquém de nossas expectativas. Às vezes é possível acompanhar as demonstrações financeiras dos concorrentes, enriquecendo assim sua análise e aprofundando a avaliação.
Gerenciar adequadamente os ativos; correr o risco da atividade econômica; remunerar adequadamente o capital investido; manter equilibrada a relação recursos próprios x de terceiros; distribuir dividendos regulares aos acionistas; e manter produtos tecnologicamente atualizados, constituem desafios significativos na alta administração!
A pressão é constante; o mercado é exigente; a concorrência é mundial. É preciso competência e experiência; força interior e fé; criatividade e resiliência. Só os fortes tendem a sobreviver nessa arena; inovadores e agressivos devem se renovar se não quiserem ser levados pelo turbilhão.
O cultivo do espírito pode nos empoderar e fazer prevalecer sobre as dificuldades; a fé é um alicerce sólido; a ética não é uma virtude, mas um dever do cidadão. Eu creio nisso. Pense nisso enquanto lhes digo até a semana que vem.