A troca de tiros entre criminosos na manhã desta quinta-feira, 21, quase tirou a vida de um trabalhador quando ele chegava à empresa onde trabalha no bairro Jardim América, em Vilhena. Por pouco ele não foi atingido na cabeça, mas um disparo transfixou seu capacete.
Segundo informações obtidas pela equipe do Extra de Rondônia, uma guarnição da Polícia Militar (PM) foi acionada para atender a ocorrência de disparos de arma no bairro mencionado. Em deslocamento, foram informados de que havia dois suspeitos nas proximidades da concessionária Carevel. Um policial militar de folga que passava pelo local reconheceu um dos suspeitos como sendo M.S.N. de 18 anos, com várias passagens pela polícia.
O policial informou à guarnição que os suspeitos haviam seguido em direção à BR-364. M. se abaixou próximo a uma árvore e jogou algo. Em seguida, atravessaram a rodovia e acessaram a Avenida Marechal Rondon, em direção a Porto Velho.
A guarnição seguiu em busca dos suspeitos e nas proximidades do antigo Terraçus, os militares os avistaram. No entanto, ao perceberem a presença da viatura, ambos empreenderam fuga novamente, atravessando a BR 364 em direção ao bairro Jardim América.
Foi solicitado apoio de outras guarnições para estabelecer um cerco e capturar os suspeitos. Na Avenida Antônio Quintino Gomes, o suspeito M. foi abordado. Ele informou que correu porque seu comparsa, conhecido como J. disse que não poderia ser preso, pois cumpre pena em regime domiciliar. M. afirmou fazer parte da facção Tropa da Revolução (TDR), enquanto seu comparsa J. não foi localizado.
Os militares encontraram uma pistola calibre 9mm com cinco munições intactas e uma munição travada na janela ejetora, além de outras quatro no carregador, próximo à árvore onde M. havia jogado um objeto.
M. relatou que estava em um carro Palio cinza, na Avenida Antônio Quintino Gomes, quando um homem em uma motoneta Biz vermelha parou na frente do veículo e efetuou vários disparos em sua direção. Ele e J. desceram do veículo e revidaram, em seguida fugiram a pé pela Rua 525 em direção à BR-364.
Durante o tiroteio, um motociclista identificado como R.R.D. que trabalha na concessionária Carevel, estava chegando para o trabalho quando ouviu os tiros e sentiu que havia sido atingido no capacete por um disparo. Felizmente, o projétil perfurou o capacete próximo à boca e saiu pela lateral sem ferir o trabalhador. Um caminhão de uma empresa também foi atingido por um disparo.
M. afirmou que os disparos partiram de membros da facção rival Primeiro Comando da Capital (PCC), conhecidos como “boneco” e “pilão”.
No local do tiroteio, foram encontradas sete cápsulas de munição calibre 9mm e um celular iPhone azul, próximo ao automóvel ocupado por M. e seu comparsa J. Dentro do veículo, foi encontrado um celular Samsung, um colete balístico e uma máscara balaclava.
Por meio de levantamento feito pela equipe da Sesdec, descobriu-se que M. e J. estavam próximos à Colônia Penal e tinham a intenção de executar um apenado identificado como W.M.R. conhecido como “Pilão” no mundo do crime e membro do PCC. No entanto, um homem que fazia a segurança de “Pilão” avistou a dupla no carro e efetuou disparos contra eles, iniciando assim uma nova sequência na guerra de facções em Vilhena.