Como está nossa capacidade de enfrentar e resolver os principais e mais urgentes problemas empresariais? Temos sido aptos e bem-sucedidos, encontrando soluções efetivas e definitivas, para aquilo que é difícil e complexo? Temos reagido de forma compatível, tendo a habilidade de identificar e implementar respostas adequadas para nossos desafios operacionais?
Uma das maiores fabricantes de aviões comerciais do mundo, que também é um dos grandes concorrentes da Embraer, abriu no nosso país uma unidade de estudos e projetos aeronáuticos. Ela decidiu se instalar bem ao lado da fabricante brasileira e passou a contratar seus engenheiros.
Por um lado, isso significa uma certificação explícita da qualidade educacional e técnica desses profissionais. Outras empresas estrangeiras, do ramo aeronáutico, também estão vindo para cá e procuram mão de obra competente na Embraer. Os salários dessas empresas (a engenheiros) costumam ser maiores e adicionalmente, são estabelecidos em dólares ou euros. É uma concorrência dura e cruel; é uma guerra profunda e constante.
Por outro lado, a Embraer (já perdeu 100 engenheiros) reagiu ao desafio salarial, estudou o problema, alterou certas políticas internas e tomou outras providências objetivando a retenção de seu corpo técnico. Tem sido assim em nossas empresas? Qual é a postura de nossos gestores e líderes?
Todas as indústrias enfrentam problemas nas suas atividades operacionais. Alguns deles são pequenos; outros são médios; e outros são grandes. As vezes certas organizações são de dimensão pequena e precisam enfrentar concorrentes internacionais gigantes e bem estruturados. Há ocasiões em que o proprietário dessas firmas é o própria estado; e a aviação militar é questão de segurança nacional.
Este é o custo a ser pago por aqueles que possuem sonhos maiúsculos; por aqueles cujas mãos estão marcadas por sinais e cicatrizes, originadas das pelejas da vida; e que prosseguem criando, inovando e sendo lucrativos. Devemos ter orgulho desses conterrâneos nossos.
Gostaria de convidar nossos empresários, administradores e gerentes a estender um olhar confiante sobre as dificuldades que existem no mercado. Elas são reais e não imaginárias; elas são presentes e não teóricas; elas são profundas e não superficiais; elas requerem uma nova geração de administradores, movidos pela grandeza da nação.
Administrar empresas é uma arte; ela requer competência, habilidade e perfeição na execução; eles demandam agressividade e liderança; orientação para resultados e zelo profissional. É preciso mergulhar no problema; ter respostas efetivas para as exigências do mercado. Transferir ao preço final dos produtos as ineficiências dos concorrentes é insensatez gerencial inaceitável!
Concluindo: Só os fortes e visionários sobrevivem nessa arena; quem não estiver preparado e capacitado será levado pelo turbilhão. Pense nisso enquanto lhes digo até a semana que vem.