População marcou presença à sessão legislativa / Foto: Extra de Rondônia

Por 10 voto favoráveis e 2 contrários, a Câmara de Vilhena aprovou, na sessão ordinária realizada na manhã desta terça-feira, 7, o projeto de lei nº 6.955/2024, solicitado em regime de urgência pela Comissão de Finanças e Orçamento (CFO), que autoriza o Poder Executivo a contratar operação de crédito com o Banco do Brasil até o valor de R$ 35 milhões.

Conforme o projeto obtido pelo Extra de Rondônia, o recurso será para investimentos na área de educação, modernização da gestão, mobilidade urbana, saneamento básico e infraestrutura. O projeto foi debatido em plenário, com elogios e críticas ao prefeito de Vilhena, Flori Cordeiro (Podemos).

Em abril passado, o projeto havia sido rejeitado em plenário,  o que gerou um bate-boca através das redes sociais entre o prefeito Flori Cordeiro e o presidente da Casa de Leis, Samir Ali (MDB) – leia mais AQUI e AQUI.

Entre os que elogiaram o projeto está o vereador Dhonatan Pagani (PSDB) destacou a economia com a Reforma da Previdência e disse que esse recurso não pode ser utilizado para outra finalidade. “Esse dinheiro vai ser aplicado na Educação, fruto de um enfrentamento que foi feito com coragem e sabedoria através da Reforma da Previdência que economiza de R$ 7 milhões a R$ 10 milhões por ano. Sou favorável a esse financiamento e cabe a este parlamento fiscalizar”, disse.

Já o vereador Pedrinho Sanches (PODE) defendeu a administração municipal. “Tem décadas que essa cidade vem puxando para trás por causa de picuinhas de grupinhos políticos. Ao invés de ajudar, atrapalham a cidade. O grupinho pensou que o prefeito Flori não tinha corda para poder governar Vilhena. Só que o tiro saiu pela culatra. O prefeito Flori, no ano passado, arrumou a Saúde que era um desastre em Vilhena. E agora, com esse dinheiro, vamos arrumar a Educação. Vamos aprovar porque 99% da população estão esperando que votem favoráveis ao projeto”, avalia.

Para o vereador Wilson Tabalipa (PL) “esse projeto é de suma importância para o município. Há um déficit na Educação e esse projeto vem para atender essas demandas no setor”.

Por sua vez, a vereadora Vivian Repessoald (PP) diss que o prefeito tem recursos disponíveis e poderia evitar o financiamento.

“Temos um prefeito que faltam seis meses para terminar o mandato e ele não quer R$ 35 milhões para construir escolas, não vai ter construção, o que ele quer é ampliação. Outra coisa: o prefeito saindo, quem vai pegar esses R$ 35 milhões? A que juros esse dinheiro está sendo emprestado? Nós temos dinheiro, o Executivo, que pode assinar por decreto, que pode fazer algumas coisas nas escolas. Ele (o prefeito) tem milhões e nem precisa autorização da Câmara para fazer as coisas. Quer fazer boas coisas, comece usando o dinheiro que tem à disposição do gabinete. Para que fazer empréstimo para o próximo pagar?” questionou.

O presidente da Casa de Leis, Samir Ali (MDB), que só vota em alguns casos, como desempate, se manifestou contrário ao financiamento e chamou Flori de despreparado, medíocre e despreparado.

“Sobre esse financiamento, vem o prefeito fazendo acusações vergonhosas o que mostra o despreparo gigantesco. Nós pedimos ao Banco do Brasil para que se mostre a proposta do financiamento, mas foi colocado como sigilosa. Qual o motivo de estar sigilosa uma proposta que logo vai se tornar pública? Porque não tem um amplo debate, uma conversa saudável? Querem empurrar goela abaixo, fazer picuinha política, querem colocar a Câmara para brigar uns contra os outros, querem colocar a sociedade contra os parlamentares. Sabe por quê? Porque o prefeito é medíocre. Se tem que alguém ama esta cidade, esse sou eu. Sou nascido aqui, meu filho é nascido aqui. Eu não vou aceitar, que o prefeito irresponsável dessa forma, venha falar que eu não quero o bem dessa cidade. É por querer o bem e Vilhena vamos enfrentar todo que eu achar que é correto.  Tanto na gestão passada como nessa gestão, tem prefeito medíocre que não sabe conversar com essa Casa de Leis. E, enquanto eu for presidente, o prefeito vai ter que respeitar a Câmara de Vilhena”, avisou.

Clérida Alves (AVANTE) também se manifestou contrária ao projeto citando a Lei Complementar 101, de 2020, Lei de Responsabilidade Fiscal, onde diz: “Conduta vedada. Proibição de realizar operação de crédito por antecipação de receita durante o último ano de mandato”.

Finalmente, Ronildo Macedo (MDB), considerado oposição ao prefeito Flori, afirmou ser favorável ao projeto após ouvir sua equipe. “Sou favorável, mas não pelo prefeito, já que ele é incapacitado para estar no cargo que está, é na truculência, na força, é fake News 24 horas. Me senti na obrigação de ser favorável ao projeto porque é importante para Vilhena”, garante.

 

sicoob

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