O prefeito de Vilhena, Flori Cordeiro, filiado ao Podemos, é mais um entrevistado na série de reportagens do Extra de Rondônia com os pré-candidatos a prefeito do município.
Em visita à redação do site na manhã desta sexta-feira, 31, Flori – apesar de enumerar e agradecer o grande apoio político que tem – diz que ainda está pensando se disputa ou não a reeleição e utiliza o espaço disponibilizado aos pré-candidatos para fazer uma breve prestação de contas do período de 1 ano e cinco meses à frente da administração do município. Confira:
EXTRA DE RONDÔNIA: Por que você quer ser prefeito de Vilhena?
FLORI CORDEIRO: Nos últimos dez anos tivemos sete prefeitos. É uma bagunça sem fim, com um troca-troca que é pior que incompetência e roubo, já que interrupção de políticas públicas interrompe todos os projetos e obras em andamento, voltando tudo para a estaca zero.
As coisas vão ficando para trás e, apesar da cidade arrecadar muito e ter um comércio forte e uma agropecuária destacada, não se consegue progresso porque os planos de médio e longo prazo são sempre abandonados e aí não adianta pensar em gestão administrativa.
Vilhena tem de casar com a estabilidade, com a continuidade de gestão, o resto já temos quase tudo. Daí que mesmo ainda estando a pensar sobre uma futura candidatura à reeleição, hoje estou fixado em trabalhar a cada minuto pela cidade e não tive tempo para outra coisa, creio que seria interessante para Vilhena manter as coisas andando, principalmente porque conseguimos colocar as coisas em ordem nesse primeiro ano de mandato.
Aliás, esse é um diferencial: tudo que fizemos foi em apenas um ano e poucos meses e somos comparados com pessoas que tiveram, em família, quatro mandatos. Mesmo assim estamos com números muito bons, sendo muito importante lembrar que esse prefeito que vos fala aqui hoje tem apenas 1 ano e cinco meses de mandato, menos de metade do tempo que um prefeito tem normalmente.
EXTRA: Qual é a sua avaliação do momento político/administrativo do Município?
FLORI: É um momento sensível e pode descambar para um lado positivo ou para uma bancarrota. O orçamento tem previsto cerca de R$ 580 milhões para ser arrecadado, mas metade é salário de servidor público, coisa de R$ 18 milhões por mês, sendo que esses gastos são fixos e não podem ser reduzidos de jeito nenhum por determinação da Constituição.
Ainda temos cerca de R$ 47 milhões que são gastos com o IPMV. Para quem não sabe, os servidores públicos de Vilhena não se aposentam pelo INSS, nós temos um “INSS Municipal”, que é o Instituto de Previdência Municipal de Vilhena – IPMV e, por isso, nossos gastos com previdência dos servidores são maiores.
Na Educação, recebemos de R$ 5 milhões até R$ 7 milhões por mês de Fundeb (governo federal), mas tal dinheiro não dá nem para o pagamento de professores, que consome cerca de R$ 7,5 milhões mensais, e assim a boa manutenção da rede estrutural e também sua expansão ficam prejudicadas.
Na Saúde há uma distorção de anos a ser corrigida e que merece uma explicação mais pormenorizada para o leitor entender em que pé se encontra a coisa. A constituição do Brasil dividiu a Saúde basicamente em três áreas: a atenção básica, a média e, por fim, a alta complexidade. Nessa divisão, ficou certo que a atenção básica é exclusiva responsabilidade dos municípios, que são os “postinhos”. O resto, quer dizer, a média e a alta complexidade são de responsabilidade do Estado (no nosso caso o estado de Rondônia) e do Governo Federal.
O que aconteceu em Vilhena? Aconteceu que no ano de 1993 o prefeito de plantão, um sujeito preocupado com os munícipes, tomou para si a responsabilidade do Estado e do Governo Federal e colocou no bolso da prefeitura os custos do Hospital Regional de Vilhena, que é de média e alta complexidade.
De lá para cá coloca-se todo ano cerca de R$ 70 milhões no orçamento da Saúde para fazer frente a estes gastos com o Instituto do Rim e com o Hospital Regional. Como fazer? Devolver para o Estado? Vetar o atendimento às cidades da região?
Da minha parte nunca acontecerá qualquer veto à região. É uma questão de ser cristão, porque não existe ser humano e irmão de Vilhena e de Colorado, de Cerejeiras, todos somos um só povo de Deus. Mas devolver para o Estado tem de contar com a vontade do Estado, não basta só a vontade do prefeito. Tem de ser um acordo de dois, não é chegar lá e dizer: toma aqui.
Por isso o sr. Ronildo, por exemplo, um fervoroso defensor de devolver o HRV para o Estado não o fez enquanto esteve na prefeitura.
EXTRA: Quais são suas metas para a Saúde?
FLORI: Quando comecei meu mandato, em janeiro de 2023, junto com o meu vice-prefeito, seu Aparecido Donadoni, nós traçamos uma estratégia de atuação.
Foi duro demais. Mudamos a forma de pensar e a cultura em fazer a Saúde no município, trazendo uma fórmula que tem 26 anos no Brasil, mas que aqui ainda não tinha chegado, que é a iniciativa privada ajudando o servidor e o serviço público através de uma Santa Casa que conhece do assunto.
Com a ajuda da Santa Casa pudemos voltar nossos olhos para a reforma e ampliação de todas as 10 unidades básicas do município. Todas, todas. Contratação de novos 500 servidores para ajudar na guerra da Saúde. O município, em toda sua existência, tinha somando cerca de 1.100 servidores e em um ano contratamos novos 500, dobrando o total. De 60 médicos estamos hoje com quase 200 profissionais atuando em todo o território de Vilhena.
– Acabamos com as filas e o sofrimento no laboratório, com nova sistemática de atendimento. Abrimos a cozinha e o refeitório no Hospital Regional; Abrimos a maternidade municipal. Abriremos uma nova unidade neonatal, onde eu mesmo testemunhei sair-se de um lugar insalubre para um lugar que até o final do mês que vem se transformará na primeira UTI Neonatal de nossa história e onde vi uma das médicas que atuam ali há décadas se emocionar com a mudança. Trocamos todas as máquinas do Instituto do Rim e ampliamos o número de atendimentos, com nova central de purificação de água; Instalamos em todo o Hospital Regional a rede gás, que leva ar comprimido e oxigênio aos pacientes sem o perigo e o incômodo daqueles “trombolhos”; Inauguramos uma nova usina de gás e oxigênio.
Com a ajuda do Sicoob e com a expertise da Santa Casa, inauguramos uma nova lavanderia no Hospital; Começamos a fazer endoscopia e colonoscopia; Reformamos a ala de internação masculina, transformando o local em um lugar igual ao de hospitais particulares; Aumentamos o número de leitos de UTI credenciados, de dez para dezessete; Reformamos a Casa de Apoio em Porto Velho; Contratamos mais 4 médicos para a UPA, saindo de um ou às vezes dois, para cinco médicos; Aumentamos os salários de todos os enfermeiros e outros servidores com nível superior em 25%; Aumentamos em 302% o número de cirurgias; Fizemos um esforço de atuação junto a parlamentares nunca antes vista e conseguimos R$ 100 milhões de recursos.
Diminuímos o tempo de atendimento no hospital e na UPA. Tudo isso para lembrar aos senhores que colocamos em pé o sistema e ele tem que avançar muito ainda, mas através destas melhorias que vamos continuar.
EXTRA: Quais são seus planos para a Educação?
FLORI: Sem muito recurso o que estamos fazendo? Estamos lutando para melhorar o ensino, que é o que seu filho aprende na escola do município e é verdadeiramente o objetivo final da Educação.
Vilhena, como todos os município de Rondônia, faz uma prova no final do ano que se chama SAERO (Sistema de Avaliação Educacional do Estado de Rondônia) para se saber a nota do ensino na cidade. Vai de zero a dez, como em uma prova comum, e em 2022 a nota foi de 3,6, uma nota de reprovação com a pior escola do Estado estando em Vilhena, infelizmente. E agora, a nota subiu para 6,8, com sete prêmios para escolas destaques entre as dez melhores em Rondônia.
Quer dizer, o filho do contribuinte saiu em 2023, durante nosso mandato, sabendo muito mais matemática e muito mais português e a pior escola de Rondônia saiu desta condição para uma escola premiada e que está entre as dez melhores no município, que é a Luiz Rover.
Além disso, contratamos mais de 100 novos servidores para atuar na educação. Fizemos várias reformas. Inauguramos uma escola nova, a Maria Celuir Duarte no bairro Embratel, que está cuidando de novos 300 alunos, de creche, inclusive, além de terminamos inúmeras obras como as que se arrastavam há anos na escola Cleonice Batista de Jesus.
A rede, apenas nesse 1 ano e pouco de meu mandato, ainda absorveu mais de 1.100 novos alunos e expandiu em 1/3 o número de turma da educação infantil, saindo de 153 em 2022 para 194 nesse momento em que falamos. Um terço em um ano, enquanto o resto foi feito em 46 anos, um baita resultado!
Hoje em dia mantemos o sistema funcionando com cerca de 100 ônibus diários transportando alunos e temos diminuído a quase zero as reclamações e problemas com esses veículos que eram, em um passado recente, uma verdadeira tragédia. E a cada dia temos apertado mais para melhorar cada vez mais e é claro que uma quantia tão grande de serviço sempre deixa algo a desejar, mas que, como disse, estamos numa qualidade muito melhor.
Como meta, conseguimos reduzir gastos para os próximos anos e, com isso, abrimos um crédito no Banco do Brasil de cerca de R$ 35 milhões, justamente para, com responsabilidade, contratarmos essa operação de crédito para imediatamente começarmos obras para aumentar escolas para que alunos não precisem mais estudar longe de casa e aumentar o número de creches em pelo menos 800 vagas.
EXTRA: Quais as metas para o setor de infraestrutura e obras?
FLORI: Fizemos muita coisa. Peguei o Barão I, o Parecis e o Bela Vista na lama pura, nem a polícia e nem ambulância conseguiam entrar por lá. Em menos de um ano o asfalto está feito, são cerca de 15 quilômetros.
A mesma coisa no Cidade Nova, no Jardim Universitário e Jardim Social, com quase tudo no chão e avançando bem, são mais cerca de 15 quilômetros. Fizemos uma outra “banda” da avenida Brigadeiro, uma antiga demanda dos moradores, iluminamos, deixamos tudo bem bonito.
Foi feito o asfalto na rua Jandaia, formando um “L” com a rua 29, resolvendo o antigo “buracão” dos prefeitos. Foi “buracão” de bastante gente, mas meu não vai ser, está resolvida a questão que chegou a levar moradias embora.
No ano de 2023, o setor de Obras contabilizou mais de 40 quilômetros de asfalto em toda a cidade, recorde que deixar gente com a boca amarga. Esse ano vamos avançar com o mesmo ímpeto. Os setores 13, 15, 17,19, 29, 22, 23, o Embratel, o Bodanese e a rua 1º de Maio já ou estão com obras em andamento ou com projetos quase prontos, além de uma importante obra estar já na metade, que são mais quase 2,5 quilômetros que vai servir parte dos moradores do setor 13 e a Cooperativa de Transportes, com mais de 1.000 caminhoneiros diretamente beneficiados pela obra que é esperada há 20 anos.
Serão R$ 45 milhões nisso tudo e o dinheiro já está em caixa. Na zona rural, nem se diga. O esforço foi grande e é destaque para o esforço enorme, nunca feito, na estrada do Perobal, alargada, abaulada e estendida, bem como a estrada da “Independência”,
A estrada da Farinheira e do “Chafariz” foram amplamente melhoradas. A estrada da “Cascalheira” foi inteiramente melhorada, com um serviço de 60 quilômetros indo até a divisa com Colorado. Ponte em tudo que é lugar, já que foram 52 em que atuamos, merecendo destaque a ponte da linha 145 que tem grande movimentação e foi reformulada inteiramente e a ponte no São Lourenço que está sendo terminada, uma ponte novinha e que não é pequena.
Sem dizer de 18 tubos “armicos” que substituem pontes, também já instalados. A limpeza urbana também foi “turbinada”, já que mantivemos o excelente programa de trabalho dos apenados, criado pelo doutor juíza Adriano Lima Toldo com a ajuda do ótimo agente penal Silvano e Dirceu, e criamos o programa das apenadas, incluindo também as mulheres nisso.
Estamos com programas ininterruptos de limpeza de bairros, este ano serão 40 bairros atendidos, sendo que em cerca de 15 deles já chegamos, sem dizer no aumento das condições salariais dos guerreiros servidores do setor de Obras. São melhorias na remuneração que vão de R$ 1.500,00 mensais a até R$ 4.000,00 mensais, com a contratação de novos 8 servidores com conhecimento técnico em asfalto e direção de máquinas pesadas.
No meu mandato chegou no pátio da Obras, sete novos caminhões, duas “patrols” cada uma de R$ 1,5 milhões, quatro “pás-carregadeiras” de cerca de meio milhão cada e um caminhão “munck”, tudo ou com dinheiro próprio ou com o prestígio que se tem com parlamentares e certamente estou esquecendo alguma coisa porque é tanta novidade que me escapa agora na hora da entrevista.
No campo da iluminação pública já estamos com 70% da cidade em “led”. Bairros inteiros foram beneficiados como a Coabinha ou o Embratelzinho, além de avenidas como a Vitória Régia que ficou lindona com mais de 1,7 quilômetros de iluminação da melhor que se tem.
EXTRA: O que pretende fazer para estimular a geração de empregos através dos setores de fomento à indústria e comércio, além do turismo?
FLORI: Hoje nosso secretário dessa pasta é simplesmente um ex-presidente, na verdade duas vezes ex-presidente, da Associação Comercial e Empresarial da cidade e ele vem fazendo um trabalho de formiguinha, de pouco em pouco e já teve muito avanço. A lei que aumentou a possibilidade de maior uso dos terrenos na beira das BR teve sua mão, o que ajudará a aumentar a área útil dos comércios.
A lei que facilitou a obtenção de “habite-se” também saiu de lá em conjunto com um vereador, de forma que os custos diminuíram bastante e foi, em algum ponto, desburocratizado o pedido. Além disso está em curso uma nova lei que diminuirá o custo de licenças de todo tipo, que hoje são abusivas. Esses dias um reverendo pastor esteve na prefeitura para dizer que a taxa estava em R$ 11 mil e a Diságua ia fazer um investimento e parece que não fez porque a taxa ia ficar em R$ 36 mil. A lei para acabar com isso está em curso lá secretaria que cuida disso e isso é muito importante porque são décadas sem que ninguém enfrente o problema que atravanca a geração de renda e a livre circulação do dinheiro.
Há também a busca por dois modelos de indústria para cidade que estão na pasta e serão em breve anunciados e, em especial, temos já uma abertura de recursos para a confecção dos projetos de duplicação da BR 174 e das intersecções da BR 364. Mandamos, pela Secretaria de Indústria e Comércio um ofício ao DNIT questionando quando serão entregues os tais projetos que se vem prometendo na cidade, porque se demorar muito nós mesmo vamos fazer.
Dou um exemplo: não vejo com bons olhos termos aqui viadutos como em Pimenta Bueno, divide muito a cidade e é um pouco sem estética, para dizer o mínimo. A ideia é criar a concepção de uma “trincheira” ou uma ideia melhor.
Isso tudo é interesse do comércio e de todos, o que também é parte das nossas atividades para o futuro.
EXTRA: O que tem projetado para o setor de Assistência Social?
FLORI: Dobramos todos os índices de 2022 a 2023 quando o início do meu mandato. Melhoramos em tudo. Além de fazermos nosso dever de casa, também fizemos diversas reformas nas unidades onde cuidamos das pessoas. Algumas estavam em condições bem ruins.
Assim foi que, em algum momento e variando a extensão, reformamos centro de convivência dos idosos, o centro de convivência das crianças, o centro de convivência da gestante, a casa dos conselhos e a sede do programa roda moinho e consertamos a piscina dos idosos, há três anos parada. Além disso, aumentamos o número de pessoas atendidas em todos os ramos de atuação.
Na atuação com gestantes, por exemplo, saímos de 120 pessoas em 2022 para 236 pessoas em 2023, basicamente o dobro; no caso dos idosos saímos de 100 cadastrados em 2022 para 300 em 2023, triplicando a quantidade de pessoas na “melhor idade” alcançadas pelos serviços sociais; em 2022 tínhamos 40 crianças cadastradas no centro de convivência correspondente, agora temos 180!
Fizemos e estamos mantendo, às vezes sendo devedores um pouco confesso, uma parceria inovadora com o Banco do Brasil e estamos levando crianças, cem delas, para ter acesso ao que há de melhor em estrutura, coisa que elas nunca viram ou tiveram acesso, na AABB. Alimentação, reforço de aulas e esportes.
A nossa Assistência também atuou no aumento de parceiros privados sem fins lucrativos. Em 2022 tínhamos 18 associações atendidas, em 2023 aumentamos esse número para 43 associações atendidas, o dobro e mais um pouco e incrementamos os valores de recursos para diversas entidades, entre elas, em especial o Lar dos Idosos.
Na triste realidade dos que necessitam até mesmo de alimentos, saímos de 800 cestas básicas doadas regularmente em 2022 para 1.600 cestas, exatamente o dobro, com quase o mesmo esforço de aumento no atendimento na entrega de leite pasteurizado, já que das 230 famílias atendidas em 2022, hoje são 410.
Com tudo isso, estamos próximos de atingir o índice federal “IGD”, que é o “Índice de Gestão Descentralizada” do SUAS. Em 2022 era de 69% e agora é de 81,23%, sendo que o índice federal é de 84%.
Temos muito para avançar, mas estamos consolidando o que antes era necessário e não era feito como dever de casa.
EXTRA: Qual é a sua mensagem ao funcionalismo municipal?
FLORI: Do início de 2023 para cá, que é o período do meu mandato, conseguimos muitos avanços na melhoria salarial dos servidores, o que foi muito custoso porque recebi a prefeitura com Alerta do Tribunal de Contas determinando que não se contratasse mais ninguém, nem aumentasse salário nenhum sem as devidas providências de abaixar os índices de gastos com folha que àquelas alturas estava em 55% de tudo que era arrecadado, o que é ilegal e fere a lei de responsabilidade fiscal.
Mesmo assim, com o secretário da Pasta, o Bruno Stedile, trabalhamos com afinco para resolver isso. Ao final, estamos vencendo e de 55% da arrecadação gastos com servidor, hoje o índice é de 45%. Com responsabilidade avançamos junto aos servidores da Agricultura, que tiveram melhorias na remuneração e também o setor de Obras, como eu disse mais acima, com possibilidade de ganhos que vão de R$ 1.500,00 até R$ 4.000,00 a mais mensalmente.
Conseguimos dar um aumento de 25% a vários setores da Saúde, onde foram agraciados enfermeiros, fisioterapeutas, psicólogos, assistentes sociais, bioquímicos, dentistas e farmacêuticos. A defasagem salarial desse pessoal é maior, mas em apenas um ano é uma conquista considerável um aumento de ¼ no salário-base.
Agentes Comunitários de Saúde ganharam uma gratificação que é, basicamente, um salário a mais por ano, uma reivindicação de mais de dez anos, sendo que também os médicos veterinários tiveram seu pleito de incluir na sua remuneração a gratificação por produtividade.
Reajustes vieram para os contadores, engenheiros e arquitetos e também nos ramos de apoio da Educação tivemos modificações em que já aderiram 60 servidores que, com isso, melhoraram suas remunerações. Estamos pagando o piso salarial nacional da Educação e o piso salarial nacional da Enfermagem. Tiveram também aumento as diárias dos agentes da polícia penal que cuidam dos apenados que trabalham nas nossas ruas. Se não me engano foi coisa de mais de 30% de aumento e a diária agora é bem melhor.
Também recuperamos a força de trabalho e com todas as dificuldades contratamos ao todo durante meu mandato novos 153 servidores, em quase todas áreas da prefeitura, na Obras, na Agricultura, na Educação, na Assistência Social e na Saúde.
Há diversas distorções também no pagamento. Gente que ganha muito pouco pelo que faz também existe e, como certeza iremos rumar para melhorias; mas essas melhorias têm de vir com responsabilidade, com gestão administrativa, se não todo mundo perde.
Isso chegou muito perto de acontecer em 2022. Para fechar a folha o prefeito da época mandou para câmara no desespero uma anulação de gastos em outras áreas de R$ 14 milhões, tirou de tudo, de reformas, de investimentos, para fechar a folha e gastou 96% de toda a arrecadação da cidade inteira no mês para pagar os servidores.
Vamos avançar, como já avançamos, juntos e com seriedade e administração de verdade, não oba-oba inconsequente.
EXTRA: Como está a articulação de apoios políticos e alianças partidárias em torno de seu projeto de candidatura?
FLORI: A seriedade e os resultados que o leitor que chegou até viu e teve conhecimento, foram percebidos muito antes por quem vive de política ou tem o dia-a-dia cercado por políticas públicas e eles, com muito orgulho para mim, juntaram-se em grande número.
Enquanto os pretensos pré-candidatos tem, a maioria, um partido lhe apoiando, o seu próprio, ou no máximo uma nominata completa de vereadores, o nosso grupo tem seis. Podemos, União Brasil, partido do governador, PL, do presidente Bolsonaro, Republicanos, PSDB e o Democrata Cristão formam a nossa Base. São mais de 80 pré-candidatos a vereador do nosso lado.
Da região, os deputados Goebel, Ezequiel Neiva, Cirone Deiró estão com a gente; nos apoia o grande nome senador Jaime Bagatoli, nos apoiam 9 dos 13 vereadores atualmente eleitos em Vilhena; nos apoia o senador Marcos Rogério, já que também o PL está conosco; nos apoia, no âmbito federal, o deputado Fernando Máximo, a deputada Silvia Cristina, o deputado Tiago Flores, o querido deputado Maurício Carvalho e Coronel Crisostomo, pelo PL também.
Agradeço muito a eles todos e acho que isso é uma base sólida para me ajudar e, por meio do meu mandato, a ajudar Vilhena, como eles já vem fazendo. Todos esses que citei já mandaram recursos para cá. Sempre falo disso e, nos momentos próprios, continuarei dando o crédito devido.
EXTRA: Deixe a sua mensagem final para a população de Vilhena.
FLORI: A entrevista foi curta, já que os assuntos são longos e complexos, e cada pré-candidato teve apenas 1 minuto e meio para dar as suas respostas. São muito mais extensas as nossas realizações e, através destas realizações, colocamos o “trem” no lugar e podemos avançar muito mais. Com mais tempo e oportunidade, poderíamos dizer muito mais.
Ainda estou pensando se sou candidato, por isso continuo trabalhando com corpo e alma pela cidade. Não tenho dividido meu tempo com política, em horário útil sou só prefeito e, por isso, serviu esta entrevista como uma prestação de contas e uma lembrança de que estou somente há um ano e pouco na prefeitura.
No mais, estou à disposição de todos lá na prefeitura, mandando um caloroso abraço a todos os munícipes e pessoas de bem de nossa querida Vilhena “véia”.