Desde a última segunda-feira (10), os produtores de soja em Rondônia devem observar o período de vazio sanitário, que dura 90 dias.
Esta medida, estabelecida pelo Ministério da Agricultura, visa controlar a ferrugem asiática da soja, causada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi.
O fungo da ferrugem é biotrófico, necessitando de plantas vivas para sobreviver e completar seu ciclo de vida. Por isso, o vazio sanitário é crucial, pois é um período obrigatório de pelo menos 60 dias sem semear ou manter plantas vivas de soja no campo. Em Rondônia, esse período vai até 10 de setembro.
Durante o vazio sanitário, a ausência de plantas vivas de soja impede a sobrevivência do fungo, que é disperso principalmente pelo vento devido à sua leveza. As principais fontes de inóculo são plantações de soja na entressafra, plantas guaxas (voluntárias) e lavouras em países vizinhos como Bolívia e Paraguai.
A Embrapa destaca que a eliminação de plantas de soja durante a entressafra interrompe o ciclo do fungo, reduzindo a quantidade de esporos no ambiente. O não cumprimento do vazio sanitário em Rondônia resulta em multas e na destruição das áreas plantadas.
Os produtores devem ficar atentos às normas para evitar penalidades e contribuir para o controle da ferrugem asiática, protegendo assim a produção de soja na região.